Mulheres Entre Grades - Quem são as mulheres que vivem numa cadeia? E como se vive numa cadeia de mulheres? Como se sente uma reclusa/o que vai entrar de novo no mundo exterior, ao fim de vários anos de cadeia? O sistema funciona ou o Decreto-Lei 265/79 que defende e promete como prioridade a reinserção social, é de uma hipocrisia assombrosa e tudo passa por aquilo que a espera em liberdade? Erradamente, a cadeia é um casulo e, embora deseje a liberdade, é com medo que qualquer reclusa/o sai: o medo da não aceitação dos outros, da rejeição da família, do ter que esconder a sua anterior situação e de, entre tantos medos, se perder de novo. A Justiça é cega. Sem dúvida. E, muitas vezes, na sua cegueira, injusta. E os recursos? Para quem tem dinheiro para pagar a um advogado. E os advogados oficiosos, previstos na Lei? A maioria conhece a/o reclusa/o só no dia do Julgamento. Neste livro, todas as histórias são verdadeiras mas, à excepção da Myriam, os nomes foram alterados. Os diálogos são ficcionados, mas os acontecimentos não.
Sobre a autora:
Manuela Dias “A minha mãe ensinou-me a ler e a escrever quando eu tinha 4 anos. Quando ela morreu eu tinha 10 anos. Ler era o meu refúgio, escrever o meu lamento em grito silencioso. Nasci em Moçambique mas vim muito pequena para Lisboa. Curiosamente os meus poemas foram publicados num diário de Angola. Criada numa família que adorava Salazar, com 20 anos voluntária no MDP enchi Odivelas onde vivia de panfletos anti governo e principalmente a caixa de correio da minha casa. E lia e escrevia muito. Aos 14 anos apaixonei-me pelos escritores franceses Sartre, Camus, Paul Éluard, Paul Geraldy, só os atraiçoando com Hemingway, Steinbeck, e alguns outros. Passei muitos anos no estrangeiro mas voltava sempre ao meu país com muita saudade.”
Sobre a autora:
Manuela Dias “A minha mãe ensinou-me a ler e a escrever quando eu tinha 4 anos. Quando ela morreu eu tinha 10 anos. Ler era o meu refúgio, escrever o meu lamento em grito silencioso. Nasci em Moçambique mas vim muito pequena para Lisboa. Curiosamente os meus poemas foram publicados num diário de Angola. Criada numa família que adorava Salazar, com 20 anos voluntária no MDP enchi Odivelas onde vivia de panfletos anti governo e principalmente a caixa de correio da minha casa. E lia e escrevia muito. Aos 14 anos apaixonei-me pelos escritores franceses Sartre, Camus, Paul Éluard, Paul Geraldy, só os atraiçoando com Hemingway, Steinbeck, e alguns outros. Passei muitos anos no estrangeiro mas voltava sempre ao meu país com muita saudade.”
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