Opinião - Ugly Love - Colleen Hoover

Título: Ugly Love

Autora: Colleen Hoover

Editora: Simon & Schuster LTD

Sinopse:

When Tate Collins meets airline pilot Miles Archer, she knows it isn’t love at first sight. They wouldn’t even go so far as to consider themselves friends. The only thing Tate and Miles have in common is an undeniable mutual attraction. Once their desires are out in the open, they realize they have the perfect set-up. He doesn’t want love, she doesn’t have time for love, so that just leaves the sex. Their arrangement could be surprisingly seamless, as long as Tate can stick to the only two rules Miles has for her.

Never ask about the past.

Don’t expect a future.

They think they can handle it, but realize almost immediately they can’t handle it at all.

Hearts get infiltrated.

Promises get broken.

Rules get shattered.

Love gets ugly.

Opinião por Filipa Monteiro:

Ugly love é a história de.... um ugly love.

Uma pessoa não quer que o seu passado seja conhecido e não espera ter um futuro com ninguém. Outra pessoa quer saber o passado da primeira e se possível o futuro também.

Tate é uma rapariga que se muda para casa do irmão enquanto não arranja uma casa para ela própria. Vai encontrar trabalho nessa mesma cidade em part-time como enfermeira num hospital pertinho, enquanto está ainda na faculdade a tirar a especialidade para administrar anestesias.

O irmão de Tate, Corbin é piloto de avião e muitas vezes não se encontra por casa. Tem vários amigos que, todas as semanas (estando o Corbin em casa ou não) se encontram para verem jogos de futebol e assim. Uma "saída de gajos" por casa.

Um desses amigos é Miles. Também ele piloto e uma pessoa fechada. Amiga, mas que não desvenda muito de quem ele é, de tal maneira esquivo com raparigas que Corbin até pensa que ele é gay... até.... ele se envolver com Tate. Numa relação puramente física, mantêm assim um relacionamento.

Como Tate conhece Miles é uma situação forte que dá um impacto ao leitor para este saber o que aconteceu de tão angustiante na vida deste personagem. Neste prédio onde vivem a Tate com o irmão e onde vive também Miles e Dillon (outro "amigo"), está um velhote que é responsável pela manutenção do elevador. Na verdade ele só carrega nos botões para o elevador subir ou descer, tem 80 anos e sempre esteve por ali. Encontra-se ali para passar o seu tempo que de outra maneira era passado fechado, sozinho em casa. Tate conhece-o e gostam imediatamente um do outro, como ela não conhece muita gente, sendo nova e como tem o tempo praticamente todo ocupado, o melhor amigo dela acaba por ser mesmo Cap, o velhote.

Cap, é um personagem super interessante. Daquelas pessoas que sabem ouvir e que não dão conselhos. Vão dizendo o que acham relativamente a determinada situação, entregando pequenos pedacinhos de sabedoria para quem os souber apanhar... É um avôzinho na história que vai ter uma surpresa só para si no fim. Bom... duas surpresas.

A relação entre Tate e Miles vai então evoluindo, com Tate esperando sempre mais de Miles e com Miles a não dar essa mesma esperança a Tate. (perdi a conta à quantidade de vezes que Miles pede desculpa a Tate...)

Este livro tem uma divisão muito interessante. Temos o presente, em que Tate nos vai contando o que vai acontecendo entre eles e na própria vida dela e, temos, o passado, seis anos antes, em que Miles nos conta o seu passado... em que vemos a relação dele com... Rachel.

Posso dizer que não gostei de Rachel?

Já disse.

Fui apanhada de surpresa quanto ao que aconteceu. Percebi o tormento de Miles e o porquê dele se ter tornado uma pessoa fria e desinteressada. Sofreu o que ninguém devia sofrer e saber como é, ainda por cima da maneira como foi....

Amei o final.

Amei amei amei.

A escrita é fantástica. Embala-nos e leva-nos ao longo de todas as desconbertas sem nos apercebermos.

Ah! E este livro tem outra particularidade que já mencionei mas que preciso de dar ênfase pois raramente isso acontece nos livros que tenho lido. Tanto temos a perspectiva feminina como a masculina do romance. Adorei saber todos os sentimentos, emoções e ângústias porque passaram quer um quer outro.

Também temos uma perspectiva familiar de ambos. Pai e mãe de Miles. Pai e mãe de Tate e Corbin. No caso destes últimos a aparição é fugaz, mas está presente (não sei se me faço entender).