24 de maio de 2015

Opinião - Teremos Sempre Paris - Ray Bradbury


Título: Teremos Sempre Paris
Autor: Ray Bradbury
Editora: Bizâncio

Sinopse:
Nesta selecção de contos inéditos, o inimitável Ray Bradbury encanta-nos de novo com a sua prosa fluente e cantante. Imagina coisas extraordinárias e observa com especial acutilância as fraquezas humanas, as pequenas falhas de carácter. Os seus contos são eternos. Teremos Sempre Ray Bradbury.

Opinião por Patricia Pinto:
Nunca tinha lido nada de Ray Bradbury, mas há muito que me suscitava curiosidade devido a ser um aclamado escritor norte-americano de ficção científica. Devo de confessar que estava à espera de algo ligado à ficção científica talvez mesmo combinado com algum género de suspense e terror. Sempre associei, pelos vistos erradamente, o seu nome com temas considerados com este outro género de literário.
Dos seus vários livros escolhi o “Teremos sempre Paris”, talvez por serem pequenos contos. Surpresa fiquei, quando ao começar a lê-lo encontrei um género psicadélico, logo a minha suspeita inicial não se concretizou.
Este livro de Ray Bradbury é carregado de analogias que nos chegam através dos seus contos bizarros, talvez mesmo de sonhos passados ao papel. São mais de uma vintena de contos de leitura rápida, bastante diferentes uns dos outros, mas de absorção plena que nos transporta como por magia para o seu mundo por curtos períodos de tempo. Onde através deles são exploradas várias circunstâncias da vida que nos fazem pensar em temas menos comuns. O que levou-me a apreciar a sociedade de ângulos diferentes ao qual habitualmente observava, ou seja, levou-me a olhar a mesma coisa com “olhos diferentes”.
Podia aqui falar um pouco de alguns deles ou mesmo um pouco de cada um, mas sinto que não seria justo, pois acabaria por estragar a magia e surpresa que este livro contem.
Claro que me identifiquei mais com uns de com outros, assim como houve uns que me fizeram pensar mais que outros, mas agradada por os ter lido a todos.
Muito agradável para ler, por exemplo nos transportes públicos, especialmente para quem procura algo rápido com um toque estapafúrdio e alienante.

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