8 de abril de 2015

Diário de Guantánamo

Uma visão do Inferno, que vai além de Orwell ou de Kafka: tortura perpétua prescrita pelos cientistas loucos de Washington. - John Le Carré

Qualquer pessoa que leia Diário de Guantánamo — e todos os americanos que tenham um pingo de consciência deviam lê-lo, já — ficará envergonhada e em choque. - Glenn Greenwald, autor de Edward Snowden: Sem Esconderijo

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Mohamedou Ould Slahi está detido na prisão norte-americana de Guantánamo desde 2002, suspeito de ser um dos mentores do 11 de Setembro. Após 13 anos de cativeiro, ainda não foi acusado formalmente de qualquer crime. Um juiz federal ordenou a sua libertação em março de 2010, mas o governo dos EUA lutou contra essa decisão, impedindo que fosse cumprida.

Não existe qualquer razão para que Slahi esteja detido. O governo norte-americano não possui quaisquer provas que justifiquem a sua permanência em Guantánamo, muito menos os atos de tortura repetidos, violentos e sinistros de que foi alvo.

Diário de Guantánamo, escrito por Mohamedou durante os primeiros anos na prisão e agora editado pela Vogais, chancela do Grupo 202l20 Editora (Vogais l 456 pp I 20,99€), é um registo extraordinário e um documento sem precedentes da história do século xxi: uma obra que descreve, com um detalhe e uma proximidade inéditos até hoje, os processos de captura, interrogatório, brutalização e tortura perpetrados pelas autoridades dos EUA ao abrigo da chamada «War on Terror».

Este texto fundamental, que o governo norte-americano tentou esconder do grande público, é agora publicado, com mais de 2500 linhas censuradas, após seis anos de batalhas jurídicas.

Diário de Guantánamo é a memória viva do incumprimento da justiça e dos atos bárbaros praticados por uma das mais sólidas democracias contemporâneas. Um documento inédito, marcante e de uma imensa relevância histórica.

A Vogais disponibiliza os primeiros capítulos para leitura imediata, aqui.

Viste a página internacional dedicada ao livro em guantanamodiary.com e ouça alguns dos excertos livros por personalidades como Stephen Fry ou Colin Firth.

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