13 de janeiro de 2015

O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos - Crítica


Ficha Técnica:
Título Original: The Hobbit: The Battle of The Five Armies
Título Nacional: O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
Argumento: Peter Jackson, Guillermo del Toro e outros.
Realização: Peter Jackson
Fotografia: Andrew Lesnie
Produção: Phillipa Boyens, Peter Jackson, Carolynne Cunningham e outros.

Opinião por João Salvador Fernandes:
Transcorridos 17 anos, o imponente projecto de Peter Jackson assiste à sua tão esperada conclusão. Com o último filme da trilogia de O Hobbit, O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos, testemunhamos o concretizar de quase duas décadas de transposição, para o grande ecrã, da criatividade ficcional de raiz filológica de J.R.R. Tolkien; e foi necessário aguardar por este culminar para poder voltar a fruir de uma obra cinematográfica digna desse nome.

Na verdade, ninguém duvida da beleza e grandiloquência visual deste tríptico em movimento que retrata as aventuras de Bilbo Baggins (Martin Freeman) e da companhia de anões liderada por Thorin, Escudo-de-Carvalho (Richard Armitage); porém, se, em O Hobbit: Uma Viagem Inesperada e em O Hobbit: A Desolação de Smaug, ficamos com a distinta sensação de que Peter Jackson nos estava vender jogos de plataformas mascarados de cinema, o realizador retorna, agora – e ainda bem! –, à sétima maravilhosa arte, entregando-nos um trabalho longe da qualidade traçada no trio O Senhor dos Anéis, mas credor de adjectivações tendencialmente positivas.

Assim, numa história regada de batalhas, releva-se uma melhor temporização, na fase derradeira do filme, das cenas dramáticas concebidas para provocar reacções emotivas nos espectadores, mesmo que alguns dos momentos cénicos carecessem de maior extensão e aprofundamento. Pode afirmar-se, principalmente, que já não domina a impressão de que a narrativa anda somente a reboque da inovação tecnológica.

A preocupação diegética com o argumento e com o desempenho dos actores também se superioriza às duas peliculas anteriores, permitindo-lhes interpretações muito mais convincentes e consentâneas com os seus currículos. Negativamente, todos os aspectos criticáveis nas duas investidas precedentes mantêm-se, ainda que em evidente menor grau.


Uma longa-metragem que desagradará aos fãs inveterados que pretendem um decalque do livro que lhe deu origem; contudo, que será capaz de entreter qualquer pessoa que busque por uma aventura épica relativamente bem contada. 


Sinopse:
"O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos traz-nos a épica conclusão das aventuras de Bilbo Baggins (Martin Freeman), Thorin, Escudo-de-Carvalho (Richard Armitage) e da Companhia de anões. Os anões de Erebor recuperaram as enormes riquezas da sua terra natal, mas têm agora de enfrentar as consequências de terem despertado a ira do temível dragão Smaug, que se abate sobre os homens, mulheres e crianças indefesos da Cidade do Lago.

Ao sucumbir ao mal do dragão, o Rei Debaixo da Montanha, Thorin, Escudo-de-Carvalho, sacrifica amizade e honra na sua busca pela lendária Arkenstone. Incapaz de ajudar Thorin a ver a razão, Bilbo tem de fazer uma escolha desesperada e perigosa, ignorando que perigos ainda maiores ainda estão para vir. Um inimigo antigo regressou à Terra Média. Sauron, o Senhor das Trevas, enviou legiões de Orcs num ataque furtivo à Montanha Solitária. Enquanto as trevas convergem para enfrentar o conflito em escalada, as raças de anões, elfos e homens têm de decidir se vão unir-se ou ser destruídas. Bilbo vai ter de lutar pela sua vida e pelas vidas dos seus amigos, enquanto cinco grandes exércitos se dirigem para a guerra."

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