Ficha Técnica:
Título Original: The Hunger Games: Mockingjay - Part 1
Título Nacional: The Hunger Games: A Revolta - Parte 1
Argumento: Peter Craig, Danny Strong
Realização: Francis Lawrence
Produção: Nina Jacobson
Realização: Francis Lawrence
Produção: Nina Jacobson
Opinião por João Salvador Fernandes:
Dispenso-me de fazer aprofundadas
apresentações sobre a primeira parte do terceiro e penúltimo capítulo do franchise
The Hunger Games: lidera o box office
português, com mais de 232.000 espectadores, e é a continuação da transposição,
para o grande ecrã, da famosa trilogia de ficção científica escrita por Suzanne
Collins.
Em The Hunger Games: A Revolta -
Parte 1, é-nos trazida a continuação dos eventos interrompidos em The Hunger
Games: Em Chamas, aquando da celebração especial dos jogos vorazes que opôs, uns aos outros, os
campeões das edições anteriores e que culminou com o resgate de Katniss
Everdeen (Jennifer Lawrence).
Deste modo, acompanhamos a protagonista em adaptação, algo relutante, ao seu novo papel de símbolo ardente do desejo
por emancipação dos povos subjugados, enquanto que os seus libertadores, os
rebeldes sediados no 13.º Distrito, tentam aproveitar, com engenho e argúcia, a
sua recém-adquirida popularidade, pois pretendem torná-la num ícone propagandístico
de revolta contra a opressão genocida comandada pelo infame Presidente Snow.
Por princípio, desaprecio este
tipo de filmes cortados a metade; prefiro fruir de uma narrativa com início,
meio e fim que abre caminho para sequelas. Ainda assim, mesmo sofrendo dos
males da sua condição inacabada, que a limita no seu alcance e potencial em
termos de argumento e concepção diegética, esta fita adopta uma perspectiva madura e instrospectiva superior à das suas antecessoras, focando-se nos âmbitos políticos, sociais, psicológicos e emocionais das personagens. Infelizmente, recorre, em excesso, a convenções
e temas sobejamente conhecidos e gastos; além de ser muito dependente da
figura principal do enredo, bem desempenhada por Jennifer Lawrence.
Visual e sonoramente, o
realizador Francis Lawrence (Constantine, Eu Sou a Lenda, Água aos Elefantes) e
a sua equipa demonstram que são competentes e eficientes a dar uso ao melhor
que outros inventaram no cinema; contudo, carecem de capacidade para sair das margens seguras
que padronizam este tipo de produções. Louvo-lhe, todavia, o aprimorar da sua
técnica de montagem, que muito me descontentou em Constantine.
Devo dizer que, de todos as
longas-metragens que compõem esta “marca” cinematográfica, The Hunger Games: A Revolta - Parte 1 é a que mais me
agradou, revelando maior preocupação em respeitar a globalidade de elementos
que fazem de um filme uma obra de arte e não um mero espectáculo de entretenimento.
Com isto, porém, não estou a afirmar que se sobreleve ao patamar das películas
que habitam o "Olimpo da Sétima Arte "– longe de tal façanha. Menos explosão,
mais conteúdo, estas são as características que lhe conferem uma razoabilidade qualitativa que – para desdém alheio e minha simpatia – se traduziu em comentários como:
“não estava à espera de que fosse tão parado.”
PS: Manifesto o meu prazer suave e prolongado ao rever Philip Seymour
Hoffman num dos seus derradeiros papéis antes do inesperado falecimento: o talento inerente às suas performances, até nesta regular exibição, raramente
desaponta.
1 comentário:
Olá
Estou desejosa por ver o filme, li o livro a semana passada e adorei por isso agora só falta o filme. Gostei do teu comentário.
Boas visualizações da sétima arte e boas leituras;)
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