24 de março de 2013

Opinião - O Anjo Que Queria Pecar

 
Título: O Anjo Que Queria Pecar 
Autor: Francisco Salgueiro 
Editora: Oficina do Livro 

Sinopse:
O «Mistério da Boca do Inferno» assombrou gerações durante décadas. O inexplicável desaparecimento do célebre mestre do oculto e da magia negra Aleister Crowley, com a conivência do escritor Fernando Pessoa, colocou Portugal e a Europa em sobressalto nos anos 30. 
Mas, factos só agora revelados demonstram que a conspiração se prolongou muito para lá do seu tempo, chegando aos dias de hoje e envolvendo uma perversa teia de sexo e manipulação orquestrada por uma criatura demoníaca, da qual foi vítima o IaAnjo que Queria Pecar.

Opinião por Raquel Mendes Cruz:
Depois de muitos anos a trabalhar em Londres, um homem regressa a Portugal para enterrar o seu pai. Mal aterra em Lisboa, é forçosamente convidado a ir a uma cena de um crime onde o inspector o informa que ele é uma peça chave para resolver um homicídio. Logo a partir daí o caso começa a ter contornos estranhos e os personagens são envolvidos numa teia de mistério. A história gira à volta da carta deixada por Aleister Crowly, um famoso mago de magia negra, conhecido como o homem mais malévolo do mundo, a Besta 666, que alegadamente se terá suicidado na "Boca do Inferno" nos anos 30. A cada mistério resolvido surgem outros de maior intensidade num ritmo intenso com alguma emoção. A Aleister Crowley, Fernando Pessoa e Larissa Jaeger juntam-se personagens de um tempo muito posterior, que se vêem inevitavelmente arrastadas para o mistério.
Depois de ler "O Fim da Inocência" e a "Praia da Saudade" deste autor e ter gostado bastante devido à relação com os factos verídicos tanto actuais como do passado, tive alguma curiosidade em ler "O Anjo Que Queria Pecar". Este livro prende o leitor logo de início, devido ao seu enredo de personagens, com vários narradores e à forma como mistura passado e presente de uma forma tão bem feita.
É um livro de mistério e suspense e a cada página vamos querendo mais chegar ao fim para perceber como a história terminou. Partindo de um princípio verídico, a certa altura não se sabe em que ponto acaba a realidade e começa a ficção, e acabamos por saber pormenores de grande importância sobre um dos maiores poetas nacionais de todos os tempos, Fernando Pessoa.
Uma curiosidade: todos os títulos de cada capítulo são frases escritas por Fernando Pessoa ou um dos seus heterónimos.

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