Autor: Diane Setterfield
Editora: Marcador
Sinopse:
O Décimo Terceiro Conto narra o encontro de duas mulheres: Margaret, jovem, filha de um alfarrabista, biógrafa amadora, e Vida Winter, escritora famosa, que, sentindo aproximar-se o final dos seus dias, convida a primeira para escrever a sua biografia. Na sua casa de campo, a escritora decide contar a verdadeira história da sua vida, revelando um passado misterioso e cheio de segredos. As duas vão partilhar vivências profundas, resgatando velhas memórias e confrontando-se com fantasmas há muito adormecidos. Sem que pudessem inicialmente prever, acabam por entrelaçar as suas vidas de forma tão intensa, que o resultado não poderia ser outro que não uma inesquecível história de amor, amizade e solidão.
Opinião por Teresa Carvalho:
Após quase um ano parado na estante, finalmente resolvi ler este livro... E ainda bem!
Vida Winter, escritora enigmática da igualmente inigmática obra “Treze Contos de Mudança e Desespero”, que tem a particularidade de serem apenas doze contos, após décadas a iludir todos sobre o seu passado resolve contratar Margaret Lea, uma biógrafa amadora de autores mortos, a fazer a sua biografia e na qual se propõe contar toda a verdade sobre si, o seu passado, as suas origens.
Margaret acaba por aceitar mas sempre com a dúvida acerca da veracidade do que conta Vida e sempre com algum cepticismo que a levam a investigar se o que ela conta é de facto verdade.
As duas personagens são muito bem construídas e cheguei ao fim do livro sem conseguir decidir qual me atrai mais! As restantes personagens são igualmente bem construídas e sedutoras. A história que Vida nos conta é enigmática mas a própria história de Magaret é igualmente interessante.
A leitura deste livro prendeu-me logo de início. É uma leitura absorvente que se desenrola rápidamente e da qual me foi difícil separar! O ambiente sombrio da narrativa, os aspectos transgressores muito subtis, os saltos temporais e o intercalar das histórias de Vida Winter com a história pessoal de Margaret seduziram-me até à última página.
Outro aspecto muito cativante é o facto da personagem Margaret ser uma devoradora de livros! Atrai qualquer leitor compulsivo como eu.
Durante esta leitura, várias vezes, sem aviso prévio, me lembrei de Carlos Ruiz Záfon e o seu magnífico A Sombra do Vento. Há alguns pontos de semelhança que embora sejam subtis, estão lá, ou então eu é que quis vê-los lá... não sei.
Os livros, sempre os livros como uma constante no desenrolar da história. Os segredos e mistérios, as personagens enigmáticas, tudo me atraiu neste romance e cheguei ao fim com uma sensação de saciedade muito boa.
No final embora a autora deixe algumas explicações por dar, pormenores de pequena importância mas aos quais eu gosto de dar algum relevo, é um final um tanto imprevisível do qual gostei bastante.
Um livro que classifico como imperdível e obrigatório!
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