Autor: Drauzio Varella
Editora: Asa
Sinopse:
Com mais de 430 mil exemplares vendidos no Brasil, este livro descreve o dia-a-dia daquela que foi a maior prisão da América Latina. O relato de Drauzio Varella, que serviu de base ao filme “Carandiru”, de Hector Babenco, recentemente exibido nas salas portuguesas, regista a sua experiência pessoal e o contacto próximo que travou com os detidos, ao longo de mais de uma década de convívio com estes.
Opinião por Elsa Cordeiro:
Carandiru é um estabelecimento prisional no Brasil, onde se vive uma realidade muito dura, onde existe uma imensidade de problemas e, que ficou marcado por um acontecimento de grande injustiça.
O livro transmite-nos então a realidade desta prisão brasileira, mas que provavelmente será também a realidade de muitos outros estabelecimentos prisionais por todo o mundo.
Ao longo do livro são abordadas várias temáticas, através de cenas de humor, drama e ficção, tais como, a criminalidade, as doenças infecto-contagiosas, a toxicodependência, a homossexualidade e, inúmeras formas de violência. O tráfico de armas e droga, assaltos, homicídio e, violação são alguns dos crimes cometidos pelos reclusos retratados no filme.
No livro Carandiru, percebe-se que os indivíduos a partir do momento em que são presos, começam a perceber melhor o estigma que acarretam (criminosos), devido ao convívio com outros indivíduos estigmatizados.
A exclusão social não acontece apenas entre a sociedade e os reclusos, pois dentro do presídio também existem processos de exclusão, pois pode dizer-se que dentro da prisão, existe a prisão, ou seja, um local onde são isolados alguns reclusos, que são excluídos pelos presidiários, em geral, devido ao crime que praticaram (ex: violação), acabando por se unirem contra estes, matando-os.
Além da questão da violência, há um gigantesco fenómeno de tráfico de droga dentro da prisão, desta forma os indivíduos que já consumiam lá fora continuam os seus consumos, e outros que não eram toxicodependentes, acabam por cair no vício. Os consumidores partilham as seringas entre si, o que acaba por fazer com que os infectados com SIDA sejam cada vez mais.
Na prisão não tardou a acontecer aquilo que muitos já anteviam – uma rebelião – que não se sabe ao certo como começou, mas que terminou de uma forma horrenda.
A polícia de choque, aproveitou o facto de os presos se terem revoltado e, apesar destes já terem voltado para as suas celas e erguido a bandeira branca, a polícia invadiu o presídio e, entrou a matar causando a morte a 111 presos e, nenhum polícia perdeu a sua vida. Pode concluir-se que houve um assassinato deliberado de pessoas motivado por questões políticas. Algum tempo depois deste “massacre”, o Carandiru foi implodido.
Por esta prisão e, por todos os que perderam a sua vida lá, já não se pode fazer nada mas, existem muitos “Carandirus” por todo mundo que precisam da atenção e ajuda da sociedade, para que não se voltem a repetir situações de injustiça, para que todos os presos não vivam em condições precárias, como os daquele presídio e, para que a sua reinserção na sociedade seja bem sucedida.
Editora: Asa
Sinopse:
Com mais de 430 mil exemplares vendidos no Brasil, este livro descreve o dia-a-dia daquela que foi a maior prisão da América Latina. O relato de Drauzio Varella, que serviu de base ao filme “Carandiru”, de Hector Babenco, recentemente exibido nas salas portuguesas, regista a sua experiência pessoal e o contacto próximo que travou com os detidos, ao longo de mais de uma década de convívio com estes.
Opinião por Elsa Cordeiro:
Carandiru é um estabelecimento prisional no Brasil, onde se vive uma realidade muito dura, onde existe uma imensidade de problemas e, que ficou marcado por um acontecimento de grande injustiça.
O livro transmite-nos então a realidade desta prisão brasileira, mas que provavelmente será também a realidade de muitos outros estabelecimentos prisionais por todo o mundo.
Ao longo do livro são abordadas várias temáticas, através de cenas de humor, drama e ficção, tais como, a criminalidade, as doenças infecto-contagiosas, a toxicodependência, a homossexualidade e, inúmeras formas de violência. O tráfico de armas e droga, assaltos, homicídio e, violação são alguns dos crimes cometidos pelos reclusos retratados no filme.
No livro Carandiru, percebe-se que os indivíduos a partir do momento em que são presos, começam a perceber melhor o estigma que acarretam (criminosos), devido ao convívio com outros indivíduos estigmatizados.
A exclusão social não acontece apenas entre a sociedade e os reclusos, pois dentro do presídio também existem processos de exclusão, pois pode dizer-se que dentro da prisão, existe a prisão, ou seja, um local onde são isolados alguns reclusos, que são excluídos pelos presidiários, em geral, devido ao crime que praticaram (ex: violação), acabando por se unirem contra estes, matando-os.
Além da questão da violência, há um gigantesco fenómeno de tráfico de droga dentro da prisão, desta forma os indivíduos que já consumiam lá fora continuam os seus consumos, e outros que não eram toxicodependentes, acabam por cair no vício. Os consumidores partilham as seringas entre si, o que acaba por fazer com que os infectados com SIDA sejam cada vez mais.
Na prisão não tardou a acontecer aquilo que muitos já anteviam – uma rebelião – que não se sabe ao certo como começou, mas que terminou de uma forma horrenda.
A polícia de choque, aproveitou o facto de os presos se terem revoltado e, apesar destes já terem voltado para as suas celas e erguido a bandeira branca, a polícia invadiu o presídio e, entrou a matar causando a morte a 111 presos e, nenhum polícia perdeu a sua vida. Pode concluir-se que houve um assassinato deliberado de pessoas motivado por questões políticas. Algum tempo depois deste “massacre”, o Carandiru foi implodido.
Por esta prisão e, por todos os que perderam a sua vida lá, já não se pode fazer nada mas, existem muitos “Carandirus” por todo mundo que precisam da atenção e ajuda da sociedade, para que não se voltem a repetir situações de injustiça, para que todos os presos não vivam em condições precárias, como os daquele presídio e, para que a sua reinserção na sociedade seja bem sucedida.
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