10 de setembro de 2011

Opinião - Magia ao Vento

Título: Magia ao Vento
Autor: Christine Feehan
Editora: Saída de Emergência

Sinopse:
“A Sarah voltou para casa”. Desde que Damon Wilder procurou refúgio em Sea Haven ouve-se o mesmo boato passar de boca em boca de quase todos os habitantes da pacata vila costeira. Até o vento parece murmurar o nome dela – um devaneio tão sugestivo que leva o curioso Damon até à casa da falésia de Sarah, onde procura o seu abrigo.
Mas Damon não chegou sozinho. Foi seguido por alguém até Sea Haven. Alguém que rodeia as sombras da casa Drake, onde Sarah esconde os seus próprios segredos. O perigo ameaça os dois – tal como o desejo mais premente que alguma vez sentiram – e está apenas a um sussurro de distância.

Opinião por Eunice Soares:
Magia ao Vento, possui uma capa apelativa, bem construída, sustentáculo de uma história não muito longa e ligeira que prendeu a minha atenção nas suas primeiras páginas com promessas de magia e de fenómenos estranhos, acontecimentos estes que contudo se foram volatilizando ao longo do livro não conseguindo a autora, Christine Feehan, nesta sua estreia literária, atingir maturidade de escrita criativa suficiente para tornar esta leitura marcante. A parte mais forte do livro encontra-se nas páginas iniciais em que a frase “A Sarah voltou para casa” consegue-nos despertar a curiosidade, à medida que essa mesma curiosidade é despertada em Damon Wilder, um homem amargo e desanimado com a vida, que se refugiou em Sea Haven, uma vila costeira pacata e isolada, cujos habitantes parecem idolatrar Sarah Drake, bem como as suas sete irmãs, uma família que está espalhada pelo mundo e que quando se encontram na vila, habitam uma casa numa falésia que apesar de sujeita a condições íngremes, consegue manter ao longo dos tempos, fachadas bem cuidadas. Os habitantes de Sea Haven parecem saber que quando Sarah volta para casa é porque há sempre uma razão misteriosa. A curiosidade de Damon relativamente à enigmática e bondosa Sarah faz com que este a procure e que desse encontro surja uma atracção entre os dois, ditada pelo destino, apesar de Sarah ter logo percebido que sob Damon pairava uma sombra de perigo que o tinha perseguido até àquele lugarejo. Para derrotar este perigo, Sarah irá se juntar às suas irmãs que todas juntas possuem fortes poderes, mas que quando utilizados as deixam esgotadas e apáticas. Ao longo da história, a suave e perspicaz Sarah, transforma-se numa agente habituada ao uso de arma de fogo, com movimentos esguios, eficientes e certeiros que, em minha opinião, entram em conflito com a harmonia da história inicialmente encetada.
Trata-se de um conto na égide do fantástico que enaltece sentimentos de amor e laços de família, romantizando o seu poder para mudar destinos e se tornarem razão de viver. Trata-se de uma leitura leve de verão que termina em bem, mas cujas promessa de mistério poderiam ter sido mais e melhor exploradas, em vez de se concentrar no desenvolvimento da união sensual de Damon com Sarah.

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