Autor: Nick Stone
Editora: Gótica
Sinopse:
Tratava-se de um trabalho que Max Mingus, detective privado de Miami, dificilmente poderia recusar: 10 milhões de dólares para localizar o filho do multimilionário Carver - desaparecido há mais de três anos.
Max conhece o preço de uma má aposta, mas aceita ir ao Haiti porque mais ninguém o fará. Uma ilha sem lei, onde reinam o vudu e a magia negra, onde cada homem é forçado a enfrentar os seus demónios pessoais, o Haiti é também o lar de um monstro a quem chamam Mr. Clarinet, infame raptor de inúmeras crianças.
Na busca pelo rapaz, vivo ou morto, a única coisa que Max tem a perder é a própria vida. Mas, no Haiti, há destinos muito piores do que a morte… Intrigante, de cortar a respiração e altamente constrangedor, Mr. Clarinet irá cativar os leitores lançando o seu feitiço obscuro até ao mais exigente fã do thriller.
Opinião por Vera Brandão:
Um verdadeiro achado na Feira de Alfarrabistas! Depois de me terem falado tão bem deste livro, comecei a procura-lo (e desde já chamo a atenção de livros da Difel/GOTICA, estarem em vias de extinção), encontrei e passei-o imediatamente para leitura seguinte.
Max Mingus, ex-polícia, foi recentemente libertado da prisão depois de cumprir 8 anos por homicídio. Incapaz de voltar a trabalhar como polícia em Miami, Max é persuadido a investigar o caso do desaparecimento de Charlie Carver, filho de uma das famílias mais ricas no Haiti e desaparecido à alguns anos. Mas em Haiti há uma lenda...a de Mr. Clarinet, o monstro que toca clarinete e hipnotiza crianças, raptando-as em seguida...
Um arranque lento marca o início desta história. Há todo um enquadramento em torno da vida de Max, antes e durante a prisão, a sua vida sentimental com Sandra e acima de tudo, o dilema em aceitar a missão e as consequências que isso poderá acarretar.
Assim que o cenário alterna de Miami para o Haiti, conseguimos "viajar" até lá e sentir a corrupção, a pobreza , os costumes ritualistas em vudu dos habitantes. e um descontentamento geral com a política de Bill Clinton (sim, aqui ainda não existe Barack Obama :))
Com cenas chocantes é certo, na medida certa, uma vez que considero que o autor peca pelo excesso de descrição. Denotam-se cenas de teor mais gráfico nos rituais de vudu e em torturas violentas aplicadas aos estrangeiros. No entanto penso que consegue manter o nível de suspense constante em todo o livro, havendo cenas em que o nível de adrenalina do autor dispara consideravelmente!
Por isso o livro teve um misto de sensações em mim, de curiosidade, de entusiasmo e às vezes de tédio...:(
No entanto devo dizer que as últimas 200 páginas se lêem a um ritmo vertiginoso, a acção começa a desenvolver-se e começam a surgir os contornos da resolução do mistério de Charlie.
O que me chocou foram as condições da ilha, a extrema pobreza e as condições em que vivem os habitantes, dá que pensar... E a ditadura de Papa Doc, ainda aprendi uns factos sobre o governo baseado no terror dos tontons macoutes (os nossos bichos-papões).
O que dizer em relação às personagens? Gostei acima de tudo do protagonista, Max Mingus. Verdadeiro, não escondeu o facto de ser presidiário, nem nunca se vitimou por causa disso. Corajoso, foi determinado até ao final em descobrir o que aconteceu à criança.
De forma geral, gostei do resto das personagens, desde os habitantes da ilha, um pouco mais submissas, como o típico pensar condicionado pelos costumes e vulneráveis a qualquer tipo de abusos até Vincent Paul, o barão da droga que procura incansavelmente uma forma de se vingar.
É uma leitura interessante e didáctica é certo, mas fica um pouco aquém de um bom thriller, como os que já foram editados através da colecção Nocturnos da GOTICA.
Editora: Gótica
Sinopse:
Tratava-se de um trabalho que Max Mingus, detective privado de Miami, dificilmente poderia recusar: 10 milhões de dólares para localizar o filho do multimilionário Carver - desaparecido há mais de três anos.
Max conhece o preço de uma má aposta, mas aceita ir ao Haiti porque mais ninguém o fará. Uma ilha sem lei, onde reinam o vudu e a magia negra, onde cada homem é forçado a enfrentar os seus demónios pessoais, o Haiti é também o lar de um monstro a quem chamam Mr. Clarinet, infame raptor de inúmeras crianças.
Na busca pelo rapaz, vivo ou morto, a única coisa que Max tem a perder é a própria vida. Mas, no Haiti, há destinos muito piores do que a morte… Intrigante, de cortar a respiração e altamente constrangedor, Mr. Clarinet irá cativar os leitores lançando o seu feitiço obscuro até ao mais exigente fã do thriller.
Opinião por Vera Brandão:
Um verdadeiro achado na Feira de Alfarrabistas! Depois de me terem falado tão bem deste livro, comecei a procura-lo (e desde já chamo a atenção de livros da Difel/GOTICA, estarem em vias de extinção), encontrei e passei-o imediatamente para leitura seguinte.
Max Mingus, ex-polícia, foi recentemente libertado da prisão depois de cumprir 8 anos por homicídio. Incapaz de voltar a trabalhar como polícia em Miami, Max é persuadido a investigar o caso do desaparecimento de Charlie Carver, filho de uma das famílias mais ricas no Haiti e desaparecido à alguns anos. Mas em Haiti há uma lenda...a de Mr. Clarinet, o monstro que toca clarinete e hipnotiza crianças, raptando-as em seguida...
Um arranque lento marca o início desta história. Há todo um enquadramento em torno da vida de Max, antes e durante a prisão, a sua vida sentimental com Sandra e acima de tudo, o dilema em aceitar a missão e as consequências que isso poderá acarretar.
Assim que o cenário alterna de Miami para o Haiti, conseguimos "viajar" até lá e sentir a corrupção, a pobreza , os costumes ritualistas em vudu dos habitantes. e um descontentamento geral com a política de Bill Clinton (sim, aqui ainda não existe Barack Obama :))
Com cenas chocantes é certo, na medida certa, uma vez que considero que o autor peca pelo excesso de descrição. Denotam-se cenas de teor mais gráfico nos rituais de vudu e em torturas violentas aplicadas aos estrangeiros. No entanto penso que consegue manter o nível de suspense constante em todo o livro, havendo cenas em que o nível de adrenalina do autor dispara consideravelmente!
Por isso o livro teve um misto de sensações em mim, de curiosidade, de entusiasmo e às vezes de tédio...:(
No entanto devo dizer que as últimas 200 páginas se lêem a um ritmo vertiginoso, a acção começa a desenvolver-se e começam a surgir os contornos da resolução do mistério de Charlie.
O que me chocou foram as condições da ilha, a extrema pobreza e as condições em que vivem os habitantes, dá que pensar... E a ditadura de Papa Doc, ainda aprendi uns factos sobre o governo baseado no terror dos tontons macoutes (os nossos bichos-papões).
O que dizer em relação às personagens? Gostei acima de tudo do protagonista, Max Mingus. Verdadeiro, não escondeu o facto de ser presidiário, nem nunca se vitimou por causa disso. Corajoso, foi determinado até ao final em descobrir o que aconteceu à criança.
De forma geral, gostei do resto das personagens, desde os habitantes da ilha, um pouco mais submissas, como o típico pensar condicionado pelos costumes e vulneráveis a qualquer tipo de abusos até Vincent Paul, o barão da droga que procura incansavelmente uma forma de se vingar.
É uma leitura interessante e didáctica é certo, mas fica um pouco aquém de um bom thriller, como os que já foram editados através da colecção Nocturnos da GOTICA.
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