Autor: Aminatta Forna
Editora: Porto Editora
Sinopse:
Tudo começou com uma carta...
Abie Kholifa herda uma plantação de café da família, num país africano. Movida pelas palavras de Alpha Kholifa, seu primo, Abie regressa, iniciando uma viagem de reencontro com o passado.
Através das histórias contadas pelas suas quatro tias - Asana, Mary, Hawa e Serah -, ela descobre uma África atraída pelas tentações do Ocidente, mas desesperada por se manter fiel às suas tradições. Submersas em verdades silenciadas, mentiras sussurradas e contos mágicos, estas mulheres fortes - as verdadeiras protagonistas de Jardim de Mulheres - tentam alterar o correr tranquilo dos seus destinos e reivindicar as suas próprias identidades.
Percorrendo sensibilidades e gerações, Jardim de Mulheres é um romance espantoso sobre uma nação, uma família e as mulheres cujas histórias oferecem uma emotiva verdade que jamais entrará para as narrativas oficiais da História.
Opinião por Joana Azevedo:
Esta obra é formada pelos percursos de vida, contados na primeira pessoa, de quatro mulheres da Serra Leoa. Abie é uma jovem natural deste país, cujo pai viajou para a Europa, o que fez com que ela recebesse uma educação de carácter ocidental. Embora visitasse esporadicamente a sua terra natal, acaba por adiar constantemente uma nova visita, devido á instabilidade política vivida no país, até que recebe uma carta de um dos seus primos informando-a de que herdou uma plantação de café do seu avô, um rico guerreiro, e que a faz regressar. No seu país, mergulha nas recordações de algumas das suas tias, filhas de quatro das onze esposas do seu avô, um rico guerreiro. Aquelas confiam-lhe todas as lembranças do seu passado, desde a infância, aos casamentos, às desilusões e à velhice.
As histórias destas mulheres revelam parte da história e da cultura africanas, permitindo recriar o ambiente social deste país ao longo do século XX, nomeadamente a cultura patriarcal, as tradições que à séculos se cumprem e as perturbações políticas vividas na época colonial e na guerra que se lhe seguiu.
Gostei de ler este livro, na medida em que me transmitiu conhecimentos interessantes sobre a cultura deste país. Contudo, na minha opinião o livro transmite poucos conhecimentos rigorosos sobre a evolução política, sendo as informações passadas pouco esclarecedoras acerca da História nacional.
Por outro lado, a narrativa dos acontecimentos não foi capaz de me envolver. Não me parece haver uma linha de acção, transversal às quatro histórias, contadas em paralelo, que mantenha a coesão entre todas. O alternar entre as histórias das protagonistas, passadas em momentos temporais e espaços semelhantes e que não estão suficientemente interligadas, leva a que o leitor vá esquecendo os percursos das várias personagens, perdendo-se no livro.
No entanto, apesar destes aspectos negativos, esta foi uma leitura que me deu prazer, pois permitiu-me obter, de uma forma suave e nada maçadora, bastantes conhecimentos acerca de uma cultura que desconhecia.
Editora: Porto Editora
Sinopse:
Tudo começou com uma carta...
Abie Kholifa herda uma plantação de café da família, num país africano. Movida pelas palavras de Alpha Kholifa, seu primo, Abie regressa, iniciando uma viagem de reencontro com o passado.
Através das histórias contadas pelas suas quatro tias - Asana, Mary, Hawa e Serah -, ela descobre uma África atraída pelas tentações do Ocidente, mas desesperada por se manter fiel às suas tradições. Submersas em verdades silenciadas, mentiras sussurradas e contos mágicos, estas mulheres fortes - as verdadeiras protagonistas de Jardim de Mulheres - tentam alterar o correr tranquilo dos seus destinos e reivindicar as suas próprias identidades.
Percorrendo sensibilidades e gerações, Jardim de Mulheres é um romance espantoso sobre uma nação, uma família e as mulheres cujas histórias oferecem uma emotiva verdade que jamais entrará para as narrativas oficiais da História.
Opinião por Joana Azevedo:
Esta obra é formada pelos percursos de vida, contados na primeira pessoa, de quatro mulheres da Serra Leoa. Abie é uma jovem natural deste país, cujo pai viajou para a Europa, o que fez com que ela recebesse uma educação de carácter ocidental. Embora visitasse esporadicamente a sua terra natal, acaba por adiar constantemente uma nova visita, devido á instabilidade política vivida no país, até que recebe uma carta de um dos seus primos informando-a de que herdou uma plantação de café do seu avô, um rico guerreiro, e que a faz regressar. No seu país, mergulha nas recordações de algumas das suas tias, filhas de quatro das onze esposas do seu avô, um rico guerreiro. Aquelas confiam-lhe todas as lembranças do seu passado, desde a infância, aos casamentos, às desilusões e à velhice.
As histórias destas mulheres revelam parte da história e da cultura africanas, permitindo recriar o ambiente social deste país ao longo do século XX, nomeadamente a cultura patriarcal, as tradições que à séculos se cumprem e as perturbações políticas vividas na época colonial e na guerra que se lhe seguiu.
Gostei de ler este livro, na medida em que me transmitiu conhecimentos interessantes sobre a cultura deste país. Contudo, na minha opinião o livro transmite poucos conhecimentos rigorosos sobre a evolução política, sendo as informações passadas pouco esclarecedoras acerca da História nacional.
Por outro lado, a narrativa dos acontecimentos não foi capaz de me envolver. Não me parece haver uma linha de acção, transversal às quatro histórias, contadas em paralelo, que mantenha a coesão entre todas. O alternar entre as histórias das protagonistas, passadas em momentos temporais e espaços semelhantes e que não estão suficientemente interligadas, leva a que o leitor vá esquecendo os percursos das várias personagens, perdendo-se no livro.
No entanto, apesar destes aspectos negativos, esta foi uma leitura que me deu prazer, pois permitiu-me obter, de uma forma suave e nada maçadora, bastantes conhecimentos acerca de uma cultura que desconhecia.
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