Autor: John Gardner
Editora: Camões e Companhia
Sinopse:
Beowulf é um guerreiro nórdico no auge da sua força e juventude quando confronta o monstro Grendel, uma criatura amaldiçoada e renegada pelos homens. Assim é descrito no poema épico anglo-saxónico Beowulf.
Mas, e se nos fosse permitido vislumbrar a psique deste monstro e descobríssemos, através dos seus olhos, o poder da literatura, a força dos mitos e o verdadeiro significado da existência humana?
Através do talento exímio de John Gardner somos levados a conhecer uma história comovente e rica em reflexão onde sentimos a solidão de Grendel e aprendemos com a sua observação da vida dos homens. Será que só um herói tão grande quanto o vilão que enfrenta pode pôr um fim à existência atormentada de Grendel?
Opinião por Susana Fino:
Na sociedade em que vivemos, somos desde muito cedo habituados a ler contos de fadas, histórias em que o bem vence o mal e, sobretudo, histórias contadas por quem pratica o bem (os “maus da fita” são sempre os outros…). E foi precisamente a inversão deste facto, foi “conhecer a outra versão da história”, que me levou a ler com entusiasmo o livro “Grendel”.
Grendel é o inimigo da famosa personagem do Beowulf, o herói de um poema épico anglo-saxónico que trava as suas batalhas contra três monstros: Grendel, a mãe de Grendel e um dragão. Neste livro, a história de Grendel (uma criatura meia-humana, amaldiçoada e renegada pelos Homens) é-nos contada na primeira pessoa, passando ao leitor a angústia sentida por Grendel aquando dos seus inúmeros ataques.
Não sendo, de forma alguma, uma tentativa de desculpa dos actos assassinos de um monstro (ainda que imaginário), é uma forma de, de uma certa forma, questionarmos a nossa própria natureza humana, uma vez que Grendel é, sem qualquer dúvida, uma criatura solitária e atormentada.
Não sendo o livro do ano, para mim, creio que o livro acaba por ser de uma leitura muito fácil, levando-nos até ao fundo do nosso subconsciente de existência. Vale pela originalidade de ter sido escrito como uma espécie de “diário de um monstro”.
Agora só quero ver o filme que foi feito (apesar de, normalmente, preferir sempre os livros aos filmes, não resisto em vê-los). Mas cuidado: algumas cenas, se forem filmadas como estão escritas no livro, devem ser muito violentas!
Editora: Camões e Companhia
Sinopse:
Beowulf é um guerreiro nórdico no auge da sua força e juventude quando confronta o monstro Grendel, uma criatura amaldiçoada e renegada pelos homens. Assim é descrito no poema épico anglo-saxónico Beowulf.
Mas, e se nos fosse permitido vislumbrar a psique deste monstro e descobríssemos, através dos seus olhos, o poder da literatura, a força dos mitos e o verdadeiro significado da existência humana?
Através do talento exímio de John Gardner somos levados a conhecer uma história comovente e rica em reflexão onde sentimos a solidão de Grendel e aprendemos com a sua observação da vida dos homens. Será que só um herói tão grande quanto o vilão que enfrenta pode pôr um fim à existência atormentada de Grendel?
Opinião por Susana Fino:
Na sociedade em que vivemos, somos desde muito cedo habituados a ler contos de fadas, histórias em que o bem vence o mal e, sobretudo, histórias contadas por quem pratica o bem (os “maus da fita” são sempre os outros…). E foi precisamente a inversão deste facto, foi “conhecer a outra versão da história”, que me levou a ler com entusiasmo o livro “Grendel”.
Grendel é o inimigo da famosa personagem do Beowulf, o herói de um poema épico anglo-saxónico que trava as suas batalhas contra três monstros: Grendel, a mãe de Grendel e um dragão. Neste livro, a história de Grendel (uma criatura meia-humana, amaldiçoada e renegada pelos Homens) é-nos contada na primeira pessoa, passando ao leitor a angústia sentida por Grendel aquando dos seus inúmeros ataques.
Não sendo, de forma alguma, uma tentativa de desculpa dos actos assassinos de um monstro (ainda que imaginário), é uma forma de, de uma certa forma, questionarmos a nossa própria natureza humana, uma vez que Grendel é, sem qualquer dúvida, uma criatura solitária e atormentada.
Não sendo o livro do ano, para mim, creio que o livro acaba por ser de uma leitura muito fácil, levando-nos até ao fundo do nosso subconsciente de existência. Vale pela originalidade de ter sido escrito como uma espécie de “diário de um monstro”.
Agora só quero ver o filme que foi feito (apesar de, normalmente, preferir sempre os livros aos filmes, não resisto em vê-los). Mas cuidado: algumas cenas, se forem filmadas como estão escritas no livro, devem ser muito violentas!
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