Título: As Raparigas do RosárioAutor: Richard Montanari
Editora: Presença
Sinopse:
Uma das vozes mais poderosas e de maior talento da actualidade dá vida a um thriller moderno de grande pujança baseado numa ideia de vingança e revolta. Chase, motorista de ambulâncias fica traumatizado desde o dia em que perdeu a filha por não ter chegado a tempo ao hospital não conseguindo evitar que a sua mulher abortasse no caminho. A partir daí, a sua sede de castigar jovens que planeiam suicidar-se assume contornos assassinos sendo o seu alvo raparigas pertencentes a colégios católicos. As execuções obedecem a um ritual meticulosamente planeado: primeiro a fase da oração e em seguida a tortura e execução, sendo as mãos das escolhidas aparafusadas em oração eterna segurando um rosário a que falta um número diferente de contas em cada crime. Antes que o ciclo fique completo, torna-se urgente identificar e capturar o assassino que está a assombrar Filadélfia. Um thriller de elevado suspense e acção que mantém o leitor a desconfiar de várias personagens.
Opinião por Vera Brandão:
Cada vez me sinto mais fascinada com a colecção Minutos Contados da Editorial Presença, que contém uma panóplia riquíssima em policiais e thrillers psicológicos. Desta vez escolhi um policial extremamente inteligente com uma história bastante complexa que consegue surpreender o leitor menos impressionável em andanças deste género.
Devo confessar que, apesar de ter ouvido falar muitíssimo bem deste livro, o início não me cativou. O autor prendia-se com demasiadas descrições, e até se entende, afinal o autor deseja aproximar o leitor da dupla de detectives Jessica Balzano e Kevin Byrne. Assim falava sistematicamente de acções passadas que envolviam os mesmos intervenientes, dando um ênfase acentuado às suas vidas pessoais.
E assim de forma geral, conseguimos ter uma relação, quer de familiaridade com os protagonistas, quer de desconfiança ou tensão em relação a outras.
Mas eis que começa a vaga dos crimes, e como diz o título, estes são caracterizados de forma bastante simples e ritualista, as raparigas que estudam numa escola de cariz religioso, são encontradas mortas, com as mãos aparafusadas. Entrelaçado nos dedos, encontra-se um rosário, com algumas das contas incompletas.
Devo dizer que gostei de ter entrado em certos pormenores religiosos e explicativos das pistas que o Assassino do Rosário ia deixando. Denotei algum graficismo na descrição dos crimes, ainda que não sejam tão perturbadores como Mo Hayder :) A violência tem um nível de intensidade crescente à medida em que nos aproximamos do desenlace.
Depois temos o ponto de vista do serial killer na selecção das suas vítimas. Afinal estas não são escolhidas ao acaso, apesar do leitor não se aperceber no início, qual é a ligação entre as raparigas. Achei esse pormenor extremamente inteligente. Eu jamais teria feito essa associação entre ideias!
E o desenlace...de tirar a respiração! Extremamente intenso, levou o seu timing certo. É impossível largar o livro a 50 páginas do final! Foi inesperado em relação à identidade do assassino é certo, mas um pouco injusto em relação a uma personagem.
Resumindo, uma história bem arquitectada, uma dupla de detectives fantástica e um serial killer bastante mórbido fazem deste livro uma fantástica leitura! Recomendo vivamente!
Editora: Presença
Sinopse:
Uma das vozes mais poderosas e de maior talento da actualidade dá vida a um thriller moderno de grande pujança baseado numa ideia de vingança e revolta. Chase, motorista de ambulâncias fica traumatizado desde o dia em que perdeu a filha por não ter chegado a tempo ao hospital não conseguindo evitar que a sua mulher abortasse no caminho. A partir daí, a sua sede de castigar jovens que planeiam suicidar-se assume contornos assassinos sendo o seu alvo raparigas pertencentes a colégios católicos. As execuções obedecem a um ritual meticulosamente planeado: primeiro a fase da oração e em seguida a tortura e execução, sendo as mãos das escolhidas aparafusadas em oração eterna segurando um rosário a que falta um número diferente de contas em cada crime. Antes que o ciclo fique completo, torna-se urgente identificar e capturar o assassino que está a assombrar Filadélfia. Um thriller de elevado suspense e acção que mantém o leitor a desconfiar de várias personagens.
Opinião por Vera Brandão:
Cada vez me sinto mais fascinada com a colecção Minutos Contados da Editorial Presença, que contém uma panóplia riquíssima em policiais e thrillers psicológicos. Desta vez escolhi um policial extremamente inteligente com uma história bastante complexa que consegue surpreender o leitor menos impressionável em andanças deste género.
Devo confessar que, apesar de ter ouvido falar muitíssimo bem deste livro, o início não me cativou. O autor prendia-se com demasiadas descrições, e até se entende, afinal o autor deseja aproximar o leitor da dupla de detectives Jessica Balzano e Kevin Byrne. Assim falava sistematicamente de acções passadas que envolviam os mesmos intervenientes, dando um ênfase acentuado às suas vidas pessoais.
E assim de forma geral, conseguimos ter uma relação, quer de familiaridade com os protagonistas, quer de desconfiança ou tensão em relação a outras.
Mas eis que começa a vaga dos crimes, e como diz o título, estes são caracterizados de forma bastante simples e ritualista, as raparigas que estudam numa escola de cariz religioso, são encontradas mortas, com as mãos aparafusadas. Entrelaçado nos dedos, encontra-se um rosário, com algumas das contas incompletas.
Devo dizer que gostei de ter entrado em certos pormenores religiosos e explicativos das pistas que o Assassino do Rosário ia deixando. Denotei algum graficismo na descrição dos crimes, ainda que não sejam tão perturbadores como Mo Hayder :) A violência tem um nível de intensidade crescente à medida em que nos aproximamos do desenlace.
Depois temos o ponto de vista do serial killer na selecção das suas vítimas. Afinal estas não são escolhidas ao acaso, apesar do leitor não se aperceber no início, qual é a ligação entre as raparigas. Achei esse pormenor extremamente inteligente. Eu jamais teria feito essa associação entre ideias!
E o desenlace...de tirar a respiração! Extremamente intenso, levou o seu timing certo. É impossível largar o livro a 50 páginas do final! Foi inesperado em relação à identidade do assassino é certo, mas um pouco injusto em relação a uma personagem.
Resumindo, uma história bem arquitectada, uma dupla de detectives fantástica e um serial killer bastante mórbido fazem deste livro uma fantástica leitura! Recomendo vivamente!
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