Autor: Tiago Rebelo
Editora: Editorial Presença
Sinopse:
Joaquim já tinha ouvido falar dela, a jornalista que assinava aqueles artigos que o Francisco, o seu melhor amigo, não se cansava de elogiar e lia diariamente, com uma devoção quase religiosa. Chamava-se Alice, era tudo o que dela sabia. Nem ele, nem ninguém suspeitava que por detrás daquela presença forte de mulher se escondesse uma menina que ainda chorava o desapecimento do pai. Ao vê-la ali, sentada no meio dos colegas de imprensa, de caderninho no joelho, a tomar notas do que dizia o ministro, o jovem diplomata sentiu o seu olhar distrair-se, demorar-se na imagem de dela. Elegante e moderna, discretamente bonita, cativante. Também ela sentiu aquele olhar sobre si. Incomodou-a. Mais tarde, um primeiro encontro num restaurante à beira Tejo em que se abrem as primeiras páginas de um livro há muitos anos fechado. Nenhum dos dois sabia, ainda, das incontáveis afinidades electivas que, clandestinas, lançavam já laços invisíveis, insuspeitos, que só muito tenuamente se esboçaram na intimidade reservada que pautou esse encontro. Mas o passado ressurge diante deles, revelando um tempo incógnito, carregado de sonhos e vãs esperanças, de paixões proscritas e de amizades eternas e incondicionais, cujos efeitos se repercutem ainda nas suas vidas.
Uma história de amor, de entrega e de descoberta, escrita com a mesma intensidade narrativa e psicológica a que Tiago Rebelo já acostumou o público no seu primeiro romance, «Para Ti, Uma Vida Nova», também editado pela Presença.
Opinião por Andreia da Silva:
Vagueio pelas prateleiras da biblioteca municipal à procura da próxima leitura e quando o faço estou eternidades para escolher o livro. Desta vez não foi assim, corri para o Tiago Rebelo e agarrei-o. Andava há meses para o ler, principalmente depois de ter lido uma crónica que me tocou.
Posso dizer que o li mal tive oportunidade (que é como quem diz enquanto esperava pelo autocarro para ir para casa) e que o terminei no dia a seguir.
E por isso estava à espera que o livro me arrebatasse e não me fizesse querer fechar a contracapa e dizer "oh, já acabou"!
Eu gostei. Primeiro porque toda a literatura portuguesa toca-me sempre de maneira diferente e segundo porque gosto de histórias e amor e gosto de finais felizes e acima de tudo que me surpreendam. Talvez a parte da história das famílias dos protagonistas esteja extensa e corre-se metade do livro à espera que o casal da sinopse apareça em cena, mas acho que é o que nos faz perceber o rumo que aquelas personagens tomam na vida e nos dá a lição que o título transmite: o passado que ficou lá atrás não se chora, usa-se para viver cada dia mais feliz do que o que já passou.
Editora: Editorial Presença
Sinopse:
Joaquim já tinha ouvido falar dela, a jornalista que assinava aqueles artigos que o Francisco, o seu melhor amigo, não se cansava de elogiar e lia diariamente, com uma devoção quase religiosa. Chamava-se Alice, era tudo o que dela sabia. Nem ele, nem ninguém suspeitava que por detrás daquela presença forte de mulher se escondesse uma menina que ainda chorava o desapecimento do pai. Ao vê-la ali, sentada no meio dos colegas de imprensa, de caderninho no joelho, a tomar notas do que dizia o ministro, o jovem diplomata sentiu o seu olhar distrair-se, demorar-se na imagem de dela. Elegante e moderna, discretamente bonita, cativante. Também ela sentiu aquele olhar sobre si. Incomodou-a. Mais tarde, um primeiro encontro num restaurante à beira Tejo em que se abrem as primeiras páginas de um livro há muitos anos fechado. Nenhum dos dois sabia, ainda, das incontáveis afinidades electivas que, clandestinas, lançavam já laços invisíveis, insuspeitos, que só muito tenuamente se esboçaram na intimidade reservada que pautou esse encontro. Mas o passado ressurge diante deles, revelando um tempo incógnito, carregado de sonhos e vãs esperanças, de paixões proscritas e de amizades eternas e incondicionais, cujos efeitos se repercutem ainda nas suas vidas.
Uma história de amor, de entrega e de descoberta, escrita com a mesma intensidade narrativa e psicológica a que Tiago Rebelo já acostumou o público no seu primeiro romance, «Para Ti, Uma Vida Nova», também editado pela Presença.
Opinião por Andreia da Silva:
Vagueio pelas prateleiras da biblioteca municipal à procura da próxima leitura e quando o faço estou eternidades para escolher o livro. Desta vez não foi assim, corri para o Tiago Rebelo e agarrei-o. Andava há meses para o ler, principalmente depois de ter lido uma crónica que me tocou.
Posso dizer que o li mal tive oportunidade (que é como quem diz enquanto esperava pelo autocarro para ir para casa) e que o terminei no dia a seguir.
E por isso estava à espera que o livro me arrebatasse e não me fizesse querer fechar a contracapa e dizer "oh, já acabou"!
Eu gostei. Primeiro porque toda a literatura portuguesa toca-me sempre de maneira diferente e segundo porque gosto de histórias e amor e gosto de finais felizes e acima de tudo que me surpreendam. Talvez a parte da história das famílias dos protagonistas esteja extensa e corre-se metade do livro à espera que o casal da sinopse apareça em cena, mas acho que é o que nos faz perceber o rumo que aquelas personagens tomam na vida e nos dá a lição que o título transmite: o passado que ficou lá atrás não se chora, usa-se para viver cada dia mais feliz do que o que já passou.
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