Na vida quotidiana, invocar “razões de saúde” permite justificar um comportamento de ruptura em relação a expectativas sociais ou a determinados compromissos. “Razões” são, neste caso, causas ou constrangimentos incontroláveis que se opõem à acção consciente e racional de um indivíduo. Esta tensão é constitutiva do eixo principal deste volume.
Quer a apropriação leiga do conhecimento pericial, por exemplo da medicina, e o escrutínio da sua adequação à luz da experiência pessoal, quer a diversificação das opções disponíveis alargam as margens de autonomia individual. Mas as novas formas de agir no quotidiano que aqui se evidenciam relevam também de outras recomposições mais amplas na relação com diversas tutelas, com poderes institucionais e com o Estado. A etnografia de práticas terapêuticas e da administração do corpo, desde as opções vacinais à gestão pessoal de medicamentos, drogas e alimentos, passando pela gestão de algo tão elusivo como o sono, põe em evidência tendências que atravessam as sociedades contemporâneas.
Quer a apropriação leiga do conhecimento pericial, por exemplo da medicina, e o escrutínio da sua adequação à luz da experiência pessoal, quer a diversificação das opções disponíveis alargam as margens de autonomia individual. Mas as novas formas de agir no quotidiano que aqui se evidenciam relevam também de outras recomposições mais amplas na relação com diversas tutelas, com poderes institucionais e com o Estado. A etnografia de práticas terapêuticas e da administração do corpo, desde as opções vacinais à gestão pessoal de medicamentos, drogas e alimentos, passando pela gestão de algo tão elusivo como o sono, põe em evidência tendências que atravessam as sociedades contemporâneas.
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