8 de novembro de 2010

Opinião - Caderneta de Cromos


Título: Caderneta de Cromos
Autor:
Nuno Markl
Editora: Objectiva

Sinopse:
Em O Homem Que Mordeu o Cão, Nuno Markl contou histórias muito bizarras. Mas haverá história mais bizarra do que crescer nas déca­das de 70 e 80? Dos microfones da Rádio Comercial para as páginas profusamente ilus­tra das desta edição, eis a Caderneta de Cro­mos –  reunindo uma centena dos mais bom­básticos e inesquecíveis cromos da nossa infância e juventude!

Opinião por Bruna da Cunha:
Este livro foi uma oferta da Objectiva na sequência de um passatempo. A quem desde já agradeço o apoio editorial tão precioso que tem dado ao Prazer da Leitura.
Como ouvinte da Rádio Comercial, tive a honra e o privilégio de ouvir a primeira emissão da Caderneta de Cromos, tendo na altura a sensação que esta iria ser uma viagem ao passado e aos recônditos da minha fraca memória, até quem sabe, esta viesse despertar em mim recordações outrora esquecidas. O lançamento do livro foi sem dúvida uma transposição física de algo que até outrora apenas existia no meu cérebro… bem lá no fundo.
O livro é uma selecção de 100 cromos, divididos por diversas categorias, tantas como os nossos sentidos, e que se organizam por “Comer”, “Brincar”, “Usar”, “Ver”e “Ouvir”.
Como nasci no inicio da década de 80, alguns dos cromos, não me trazem obviamente qualquer recordação (era pequenino…), sendo por isso um apelo á minha imaginação, tendo ainda assim a capacidade de me deixarem perdidos de riso.
Outros cromos foram sem dúvida uma verdadeira viagem ao passado, onde me revi em situações que agora vejo…eram um bocado parvas. Adiante, os cromos transportaram-me para a minha infância á boleia da narrativa, divertida como sempre, de Nuno Markl, esse prodígio da comédia nacional.
Tive ainda a felicidade de já antes ter ouvido a maioria dos cromos e por isso recordar a maioria das expressões usadas na altura pelo Nuno na leitura dos episódios. Quando isso não aconteceu, dei-me ao trabalho de imaginar que ele lia a história enquanto eu ouvia atentamente. Valeu a pena acreditem…Cheguei a chorar de tanto rir…
É este o poder deste livro. É um apelo aos nossos sentidos, principalmente quando pensamos que existem alguns destes cromos que ainda temos religiosamente guardados, ou como outros que ainda conseguimos encontrar no mercado, embora em versões mais século XXI. Seja como for, o livro desperta um interesse imenso, mesmo que seja pelo puro prazer da nostalgia, para que possamos no final exclamar “ No meu tempo é que era!!!”

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