24 de outubro de 2010

Opinião - Meio Dia Azul


Título: Meio-Dia Azul
Autor: Scott Westerfeld
Editora: Vogais&Companhia

Sinopse:
Depois de séculos à espera, presos na hora secreta, os darklings voltarão a caçar.
Os midnighters de Bixby, em Oklahoma, julgavam que compreendiam a hora secreta da meia-noite – até o tempo ter parado a meio do dia.
O ruído da escola interrompe-se. Há chefes de claque suspensas no ar.
Tudo é envolvido pelo azul da meia-noite.

Opinião por Andreia Dias:

O último livro da trilogia midnighters não é simplesmente mais uma aventura de adolescentes no tempo da meia-noite! Se os livros anteriores tinham cativado a uma leitura contínua, "Meio Dia Azul" é surrealmente viciante!
Com uma forma de escrever simples e ao mesmo tempo cativante, Scott Westerfeld mostra-nos mais uma vez um outra realidade do mundo que conhecemos, onde cinco adolescentes fazem esforços para salvar o mundo da antiga ameaça dos Darklings.
Ao longo de toda a história os personagens vão sofrendo mudanças contínuas de perspectivas. De um momento para o outro, tudo aquilo em que acreditavam desmorona-se em pequenos pedaços de mentira.
Afinal, a Hora Secreta não acontece apenas uma vez por dia, mas antigamente também uma vez por ano. Mais precisamente no dia das bruxas, o facto de Scott ter usado este dia como o escolhido para “o dia mais Darkling do ano” foi uma grande estratégia que me surpreendeu. A sua teoria sobre o uso dos disfarces nesse dia é realmente bem pensado.
Um outro ponto que cativa os leitores, mesmo para quem não gosta dde matemática, é a personagem Dess. Uma rapariga que desconstrói o mundo em padrões numéricos e uma lógica inabalável, o seu carácter e carisma tornam a história realmente apelativa.
Um livro de adolescentes não era um livro de adolescentes se também não tivesse um romance. A relação entre Jéssica e Jonathan torna-se também num dos pontos fortes do livro, afinal de contas é Jéssica que leva o rebelde rapaz voador a conviver com os outros midnighters.
Considero também um ressaltar de Rex e Melissa. Sem dúvida nenhuma estas são as duas personagens que deixam o leitor com mais dúvidas sobre o limite entre o bem e o mal. As suas acções passadas e a “mudança” de Rex mostra bastante bem que a fronteira entre aquilo que julgamos certo e errado é ténue e curva, o que nos faz questionar sobre as suas acções. Uma nota positiva para o incremento de pensamento no leitor.
Por fim, o mais arrebatador neste livro é o seu final. Se a grande parte das coisas acaba com um "Happy End" este é daqueles livros em que o final é um motim para incitar a criatividade de cada leitor. Sim, há coisas que ninguém está à espera e que acaba por deixar o leitor um pouco triste por se ter apegado as personagens, mas isso só contribui para a forma magnífica como está história é apresentada.
Deixo em aberto o que acontece para despertar a curiosidade e leitura do livro.
Sem dúvida alguma Scoot Westerfeld surpreendeu-me mais uma vez! Certamente, a série Uglies será mais um êxito, a julgar pela qualidade do primeiro livro. Todos os leitores de livros fantásticos não perderam nada em experimentar um livro da sua obra e verão que é mais um autor de grande prestígio para os amantes de realidades paralelas.

1 comentário:

Elphaba disse...

Este é o livro que me falta ler desta trilogia, sendo eu adoradora de fantástico fiquei com algumas reticências nos volumes anteriores mas o teu entusiasmo deixou-me animadora quanto a esta leitura que está para breve. Gostei =)
A série Ulglies, estou simplesmente a adorar, o primeiro livro deixou-me rendida.