30 de agosto de 2018

Opinião – “Mile 22” de Peter Berg


Sinopse

Depois de ser auxiliado por uma unidade de comando tático ultrassecreta, um agente da CIA (Mark Wahlberg) tem que transportar um informador Indonésio do centro da cidade para refúgio num aeroporto a 22 milhas de distância, para que ele lhe forneça informações vitais para a segurança mundial.

Opinião por Artur Neves

Tal como pode ler-se na sinopse anterior esta história é muito linear, o seu interesse resume-se fundamentalmente na forma como está contada e na profusão de cenas de ação e de lutas corpo-a-corpo onde são exibidas artes marciais, resultante da associação entre a produção americana (Peter Berg e Mark Wahlberg) e a WME Global, uma empresa de consultoria multidisciplinar com sede na Ásia que decidiu investir neste projeto. A ideia atual de Berg e Wahlberg é fazer de “Mile 22” uma trilogia, da qual este será o primeiro filme da série.
A equipa de forças especiais em que James Silva (Mark Wahlberg) é o líder, conseguiu vencer as 22 milhas de distância e chegar ao aeroporto a tempo de obter a desejada informação de segurança a troco de fazer o embarque a salvo para os USA de Li Noor (Iko Uwais) informador confidencial da combativa agente especial Alice Kerr (Lauren Cohan) e único conhecedor da localização de várias porções de cloreto de Césio-137, substancia com a aparência inócua de pó branco semelhante ao sal moído, mas responsável pela contaminação radioativa de todas as pessoas que inadvertidamente tenham tido contato com ele, podendo servir assim a causa do terrorismo.
Só que nem sempre o sucesso de uma operação corresponde ao sucesso do motivo que a justifica e assim temos James Silva, a declarar a uma comissão de inquérito governamental todos os pormenores e justificações de todos os passos dados, que nos são apresentados em sucessivas cenas deste eletrizante thriller de ação e aventura, recheado de combates entre fações diferentes, tiroteios massivos, perseguições automóveis em cidade e guerra eletrónica com drones.
A história está bem conseguida e contém todos os necessários twists que mantêm o interesse do espetador ao longo do visionamento, embora a profusão com que as informações justificativas são proferidas, muitas delas em simultâneo com a ação a decorrer, possam significar uma dificuldade acrescida na identificação dos objetivos parciais a perseguir, donde, a descrição adicional do enredo que eu incluí nesta crítica.
Durante o seu depoimento, James Silva, teoriza o porquê da guerra e filosofa sobre as lutas de poder que ocorrem um pouco por todo o lado, particularmente no que concerne à atual administração americana, o que no meu entender valoriza o aspeto interventivo deste filme no panorama atual que vivemos, embora com algum exagero caricatural… penso eu.
Peter Berg, ator, escritor, argumentista, realizador e produtor americano, nascido em Nova Iorque em 1964, (demasiadas atividades para um homem só) já nos deu anteriormente, com Mark Wahlberg um bom trabalho desta dupla; “O Sobrevivente” em 2013, com uma temática diferente mas igualmente bem estruturado na sequência de eventos. O problema neste filme é a catadupa sequencial da ação, deixando pouco espaço para a reflexão sobre as ocorrências mas ainda assim merece ser visto e constitui um bom espetáculo de ação.

Classificação: 7 numa escala de 10

1 comentário:

Unknown disse...

Nesta, ao contrário de todas as outras cenas de luta no filme, a câmera está um pouco mais distante dos dublês, e não há uma infinidade de cortes, que apenas deixam tudo bagunçado, confuso, além de esteticamente desinteressante. Eu também recomendo assistir Proud Mary a minha opinião, este foi um dos melhores filmes de ação que foi lançado. O ritmo é bom e consegue nos prender desde o princípio. Não tem dúvida de que a atriz foi perfeita para o papel de protagonista. Adorei está história, por que além das cenas cheias de extrema e efeitos especiais, realmente teve um roteiro decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem.