Sinopse
A Vida no Campo traz-nos gentes, saberes e sabores ancestrais. Traz-nos a amizade, o amor
e a perda também. Traz-nos cães – traz-nos vários cães, como nos traz outros
animais. Traz-nos hortas domésticas e flores. Piqueniques, caminhadas a perder
de vista e barcos navegando no horizonte. Crepúsculos românticos e dias de frio
à lareira.
«Hoje, ando com meia dúzia de euros no bolso, se é que ando com
dinheiro. Aproveito o pão de um dia para o outro: não porque me tenha esquecido
de comprar pão fresco, mas porque quero fazê-lo. Aponto o frasco de champô à
palma da mão e meço uma noz – e, quando me ocorre comprar um casaco novo, ou um
telefone, ou uns sapatos, pergunto-me se serão ao menos satisfatórios, ou se os
compro apenas por vício. Não é gosto na privação, nem tão-pouco será ainda o
dom da avareza: é horror ao desperdício. Podia ter sido a cidade a ensinar-mo.
Foi o campo.»
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