Sinopse
Sete
anos após os eventos de “The Conjuring” (2013), Lorraine (Vera Farmiga) e Ed Warren
(Patrick Wilson) desembarcam na Inglaterra para ajudar uma família atormentada
por uma manifestação poltergeist na
filha.
A
trama é baseada no caso Enfield
Poltergeist, registado nos arquivos de Ed e Lorraine Warren, no final da
década de 1970.
Opinião por Artur Neves
Edward
(Ed) e Lorraine Warren, ele já falecido, ela ainda viva, foram um casal de
investigadores de actividades paranormais em todo o mundo, tendo recolhido e
registado um significativo conjunto de dados durantes as suas investigações que
têm servido por diversas vezes como inspiração para filmes deste género. A sua
investigação mais nomeada foi o envolvimento em 1976 no caso “Amityville Horror”, que serviu de base
para um romance em 1977 e para dois filmes em 1979 e 2005, bem como, para introdução
da presente história contada por James Wan.
O
argumento deste filme toma como fundamento o outro caso mais conhecido
investigado pelo casal Warren, profusamente documentado e com grande divulgação
mediática à época, embora tenha sido considerado um embuste. James Wan procurou
reproduzir a história o mais fielmente possível, tal como tentam demonstrar as
últimas imagens do filme onde são colocados lado a lado, fotografias da época e
os fotogramas das cenas que as reproduzem.
Patrick
Wilson e Vera Farmiga, desempenhando um casal Warren muito mais apelativo do
que o original, são chamados para este caso depois de nos ter sido dado a
conhecer todos os contornos da sua evolução, após a descrição dos
acontecimentos paranormais no seio da família de Enfield. Aqui reside a
principal diferença entre este e os outros filmes do género pois a história
é-nos contada ao ritmo dos acontecimentos e das diferentes tentativas levadas a
cabo para os resolver antes da chegada dos médiuns que procuram ajudar uma mãe
solteira de baixa classe social e os seus quatro filhos, a singrar por entre a turbulência
em que se tornou a sua casa e os seus parcos haveres.
Os
efeitos especiais, de caracterização e outros, são utilizados com conta peso e
medida para induzirem os medos intrínsecos do espectador que é levado a
colocar-se na pele dos personagens, uma vez com tensão e arrepios, outra vez com
dúvidas, que o filme não esconde para ser fiel aos factos que reproduz. A principio
nenhuma entidade maligna é detectada e somente actividade paranormal é
registada nos diferentes meios técnicos de análise ao dispor.
Porém,
este Mal não é primário e revela-se posteriormente numa cena ao nível do que de
melhor nos mostrou “O Exorcista”, essa referência do terror paranormal ao qual
este filme corre o risco de se equiparar, fazendo a ponte com o que nos foi
mostrado no início, em Amityville. Filme
com boa estrutura, consistente na acção, sem exageros de exibicionismo técnico bacoco,
bem contado, que recomendo a todos os espectadores que se sintam capazes de
vibrar e de se emocionar, sem nunca esquecer que o objectivo principal do espectáculo
é a diversão.
Classificação:
7,5 numa escala de 10
Sem comentários:
Enviar um comentário