7 de maio de 2016

Opinião – “Duplo Confronto” de Max Adams


Sinopse

Depois de um assalto fracassado, Eddie (Bruce Willis), um poderoso chefe do crime, lança-se no encalço de Karen (Claire Forlani), uma sedutora e perigosa mulher que o traiu no assalto. Na tentativa de reconquistar a confiança de Eddie, Karen alicia o seu ex-amante e ladrão profissional Jack (Mark-Paul Gosselaar) a levar a cabo um assalto a um carregamento de joias preciosas. Mas no decurso do assalto há, mais uma vez, lealdades traídas e Eddie, Karen e Jack vão ter que resolver as diferenças que os separam num duplo confronto final.

Opinião por Artur Neves
Neste filme de acção há de tudo; uma história com nuances rocambolescas, intriga, sensualidade, falsas e verdadeiras amizades, amor, pancadaria que baste, muitos tiros para tão poucas mortes, competição motorizada em terra no ar e no mar, graça suficiente para nos fazer rir em várias situações, mentiras de diferentes quadrantes, numa história que apesar de um pouco forçada se vê com agrado, distrai e deixa-nos bem dispostos porque quando acaba nada fica na nossa mente para além da constatação de um tempo desanuviado e divertido.
O realizador Max Adams, formado em técnicas militares em U.S Military Academy em 2001 e tendo servido o exército no Iraque, deve ter utilizado os conhecimentos do seu curso e a sua experiencia como base de trabalho nesta história, considerando a profusão de dispositivos bélicos utilizados, embora sem carga negativa porque os motivos da acção são ligeiros, circunscritos ao ambiente que rodeia os personagens e embora tenham como fundamento o roubo e o crime, este é praticado por criminosos e criminosas em que não se acredita, mas somente se aceita, porque fazem parte da história.
O mau muito mau, é Bruce Willis que devido à idade e à sua condição física se remete a um papel pacato de superioridade plasmática que não lhe exige acrobacias que outrora praticou nos “Assaltos ao Arranha-céus I, II e III” remetendo-se ao controlo e ao planeamento da operação, deixando a acção para outros com quem ele se pareceu há alguns anos atrás, mas ainda assim com a expressão bem simpática de “amigo da onça” que lhe conhecemos. A alma negra é Claire Forlani, num papel insinuante, sensual e “grávida”… de diamantes e de outras riquezas que o mau muito mau revela, mas de que nós já suspeitava-mos, pois quem anda nestas andanças não engravida de verdade.
Os custos da acção ficam assim a cargo dos mais novos e o filme desenrola-se com surpresas, não se informando o espectador do passo seguinte e actuando com alguma dose de imprevisto que complacentemente aceitamos. Portanto caro leitor se não tem mais nada para fazer e gosta de pura diversão relativamente bem construída, então não deixe de ver este filme e encare-o como um sedativo para os problemas reais do dia-a-dia, que se relativizam enquanto o filme dura.
Classificação: 4,5 numa escala de 10

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