2084 – O Fim do Mundo
- Boualem Sansal
Grande Prémio de Romance da Academia Francesa 2015
Um romance-fábula aterrador, inspirado em 1984, de George
Orwell, sobre o estabelecimento de uma ditadura religiosa de
raiz muçulmana.
A globalização do Islamismo vai conduzi-lo ao poder em todo o mundo dentro
de 50 anos, a começar pela Europa – é a previsão do escritor argelino
Boualem Sansal neste romance aterrador.
A ditradura religiosa assenta num imenso império, o Abistão, que deriva do
nome do profeta Abi, representante de deus na Terra.
O seu sistema de vida baseia-se na amnésia – e na submissão a esse deus
único, cruel e poderoso. Todo o pensamento pessoal foi banido; um sistema de
vigilância omnipresente permite às autoridades conhecer as ideias e os «atos
desviantes». Oficialmente, o povo vive na maior das felicidades proporcionada
por uma fé religiosa inquestionável. Até que, em guetos desconhecidos, às
escondidas do poder das autoridades religiosas, a resistência se inicia.
Boualem Sansal constrói uma distopia violenta e macabra, que se filia
diretamente em George Orwell e no seu 1984, para abordar o poder, o alcance
e a hipocrisia do radicalismo religioso muçulmano que ameaça as nossas
democracias.
http://quetzal.blogs.sapo.pt/
Sobre o Autor:
A família de Boualem Sansal vem do Rif, a região ao sul de Marrocos que
faz fronteira com a Argélia. É uma história de combates, abandono e fuga
– os povos do Rif lutaram contra os espanhóis, depois contra os
franceses e, finalmente, contra o rei de Marrocos depois da
independência do país. Boualem Sansal nasceu em 1949, na Argélia, na
proximidade das montanhas Ouarsenis (em berbere, «nada mais alto»).
Formado em engenharia e doutorado em economia, foi demitido de todos
os cargos públicos devido aos seus textos e às suas opiniões contra a
islamização crescente da Argélia. O seu romance, Le Serment des
Barbares, recebeu o prémio do Primeiro Romance e o prémio Tropiques.
Os seus livros têm sido censurados e o autor ameaçado; apesar dos
perigos, divide o seu tempo entre a Argélia e Paris. Foi já galardoado com
o Prémio da Paz (dos livreiros alemães), o Prémio do Romance Árabe, o
Grande Prémio da Francofonia, o da Renaissance Française, o RTL-Lire –
ou o Grande Prémio da Academia Francesa, em 2015, por este romance.
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