Sinopse
A
estrela nomeada aos óscares; Melissa McCarthy, interprete de: “A Melhor
Despedida de Solteira”, “Armadas e Perigosas”, “Tamy”, protagoniza “A Chefe”,
titã da indústria que é colocada na prisão depois de ser acusada de abuso de
informação privilegiada. Quando regressa, pronta a promover-se como a nova
namoradinha da América, nem todos os que tramou estão dispostos a perdoar e
esquecer.
Kristen
Bell, Peter Dinklage e Kathy Bates completam o elenco principal de “A Chefe”,
uma comédia realizada por Bem Falcone, que também realizou “Tamy”, baseada numa
personagem original criada por Melissa McCarthy.
Opinião por Artur Neves
Melissa
McCarthy já nos habituou a personagens truculentas embora divertidas e algo
generosas em todos os filmes que protagonizou até esta altura, cujos mais significativos
já foram nomeados na sinopse, e que eu acrescento ainda; “Spy” de 2015. Em todos
eles a acção desenrola-se sempre em torno do personagem por ela criado,
normalmente polarizador da atenção do espectador e verdadeiro guião da história.
Recorda-se aqui que esta actriz começou a sua carreira no stand-up comedy, género teatral em que só os melhores vingam,
devido a tratar-se de uma actuação em forma de monólogo em que o actor depende
exclusivamente de si, do assunto que vai exibir e da sua capacidade intrínseca de
“segurar” a atenção dos espectadores para esse assunto.
Neste
caso a regra mantem-se na pele de uma empresária de sucesso, obtido nem sempre
pelos meios mais lineares, mas antes, os mais eficientes para conseguir os
resultados esperados e desejados. O problema é que para ela vale mesmo tudo,
empregando toda a sua energia e “volume” em acções e intrigas conducentes ao seguimento
do plano traçado para a obtenção do sucesso.
A
beleza dos seus filmes encontra-se também nos pormenores e fait divers que ela introduz nos diálogos, uns generosos e meigos,
outros mais mordazes e violentos mas todos com graça e ligeireza que muitas
vezes não esperaríamos de uma figura com tão rotundas dimensões. A sua
movimentação é deveras surpreendente e muito embora se notem momentos de cansaço
real no personagem, que a equipa de edição procura disfarçar, o desempenho é
sempre notável.
Na
nossa história de contornos simplistas, o crime terá sempre castigo e o
renascimento vem do “fundo do poço” para a consumação de uma “vingança”
fundamentada no mesmo vigor, mas agora com ajuda externa, voluntária e
generosa, estimulada por um marketing de emoções e comportamentos que nos vão
divertir e dispor bem, como na primeira parte embora por motivos menos
positivos. Estamos assim em presença de um filme fácil, sem pretensões sérias para
além de nos proporcionar um tempo de distensão bem passado que nos faz rir e
comover em algumas passagens.
Classificação:
5 numa escala de 10
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