Sinopse:
O desejo de encontrar algo real e genuíno é o que leva Richard a viajar para a Tailândia. Num hotel de Bangkok, Richard conhece um casal francês e encontra também um sujeito estranho conhecido por Daffy, um viajante de longa data marcado pelo sol e pelas drogas. Daffy confia a Richard um segredo: a existência de uma ilha secreta, o paraíso na terra- a praia perfeita!
Opinião por Vanessa Roque:
A Praia, de Alex Garland, já
adaptado ao cinema pelas mãos de Danny Boyle, é um romance que pretende falar a
toda uma geração.
Alex Garland representa nos anos 90, aquilo que todos os “jovens adultos” sentem em determinadas fases da sua vida, uma impotência e falta de estrutura emocional para encarar o mundo e a realidade capitalista.
A Praia fala sobre um jovem na casa dos 20 anos, que descobre nas viagens, um meio de fuga para a sua vida e para os seus problemas. Ao longo do livro, vamos-nos apercebendo que este viajante elege a Ásia como o seu paraíso, mas ele não está sozinho, neste sentimento de alienação da vida familiar e profissional. Rapidamente conhece um casal de franceses, em Banguecoque, que procura viver o mesmo espírito de aventura, sem rumo, nem destino. Contudo, na pensão onde pernoita conhece um drogado, Mr. Daffy, que antes de cometer suicídio, delira, coloca uma conversa incómoda com Richard e deixa-lhe um mapa debaixo da porta. Hospedados na mesma pensão, Richard e o casal de franceses decidem rapidamente seguir o mapa que indica uma praia paradisíaca de areias brancas e de recife de coral, de difícil acesso, que supostamente são os jardins do Paraíso em plena Tailândia.
Contudo, a viagem é mais difícil do que imaginavam, provocada pela violência psicológica do local e o esforço físico do nado. Ao chegar à ilha, tentam atravessar uma floresta densa e deparam-se com uma plantação de erva guardada por tailandeses nada simpáticos. Para escapar, eles saltam para uma cascata, onde surpreendentemente são acolhidos por uma comunidade de cerca de 30 pessoas de diferentes nacionalidades que escolheram aquela praia para formar uma sociedade utópica.
Aí começa o desenrolar de cenas de acção, terror e de thriller psicológico, com uma narrativa com frias e calculadas passagens psicológicas, desde a amizade imaginária (ou real) com Mr. Daffy, num ritmo que nos faz querer ler até à última página. A história é, ainda, ilustrada por personagens de desenho animado (Mr. Daffy) e filmes sobre a guerra do Vietname (Apocalypse Now) e jogos da Nintendo, mostrando mais uma vez o mito de viver numa ilha isolada.
Este livro é aquilo que podemos apelidar de uma "má dose" no paraíso, pois apesar da envolvente de sonho, acabamos por cair na mesma rede de cinismo e falta de valores morais da sociedade actual.
Alex Garland representa nos anos 90, aquilo que todos os “jovens adultos” sentem em determinadas fases da sua vida, uma impotência e falta de estrutura emocional para encarar o mundo e a realidade capitalista.
A Praia fala sobre um jovem na casa dos 20 anos, que descobre nas viagens, um meio de fuga para a sua vida e para os seus problemas. Ao longo do livro, vamos-nos apercebendo que este viajante elege a Ásia como o seu paraíso, mas ele não está sozinho, neste sentimento de alienação da vida familiar e profissional. Rapidamente conhece um casal de franceses, em Banguecoque, que procura viver o mesmo espírito de aventura, sem rumo, nem destino. Contudo, na pensão onde pernoita conhece um drogado, Mr. Daffy, que antes de cometer suicídio, delira, coloca uma conversa incómoda com Richard e deixa-lhe um mapa debaixo da porta. Hospedados na mesma pensão, Richard e o casal de franceses decidem rapidamente seguir o mapa que indica uma praia paradisíaca de areias brancas e de recife de coral, de difícil acesso, que supostamente são os jardins do Paraíso em plena Tailândia.
Contudo, a viagem é mais difícil do que imaginavam, provocada pela violência psicológica do local e o esforço físico do nado. Ao chegar à ilha, tentam atravessar uma floresta densa e deparam-se com uma plantação de erva guardada por tailandeses nada simpáticos. Para escapar, eles saltam para uma cascata, onde surpreendentemente são acolhidos por uma comunidade de cerca de 30 pessoas de diferentes nacionalidades que escolheram aquela praia para formar uma sociedade utópica.
Aí começa o desenrolar de cenas de acção, terror e de thriller psicológico, com uma narrativa com frias e calculadas passagens psicológicas, desde a amizade imaginária (ou real) com Mr. Daffy, num ritmo que nos faz querer ler até à última página. A história é, ainda, ilustrada por personagens de desenho animado (Mr. Daffy) e filmes sobre a guerra do Vietname (Apocalypse Now) e jogos da Nintendo, mostrando mais uma vez o mito de viver numa ilha isolada.
Este livro é aquilo que podemos apelidar de uma "má dose" no paraíso, pois apesar da envolvente de sonho, acabamos por cair na mesma rede de cinismo e falta de valores morais da sociedade actual.
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