Sinopse:
Esta última edição do dicionário de termos de hacking inclui mais de 100 novas entradas e mais de 200 actualizações ou revisões. Historica e etimologicamente mais rico do que os seus predecessores, fornece antecedentes a entradas já existentes e clarifica as origens sombrias de vários termos fundamentais do jargão, enquanto mantém o seu alto valor de diversão.
Opinião por Marta Nogueira
Este dicionário é não apenas super informativo e didático, como também divertidíssimo, para além de poder ser adquirido de forma totalmente gratuita, pois na boa tradição da filosofia hacker, está disponível na sua totalidade na internet. Constitui o maior repositório impresso da cultura hacker, da linguagem, terminologia e vocabulários hacker e da história e características humorísticas da utilização e adaptação da linguagem pelos vários grupos que constituem a comunidade hacker.
Uma das primeiras coisas que se aprende é desde logo a diferenciar correctamente entre hackers (os bons) e crackers (os maus ou, vulgo, piratas informáticos), a mesma distância que separa, por exemplo, jedis de siths e que a maioria dos jornalistas deveria aprender antes de sistematicamente associar nos media hackers a piratas.
A comunidade hacker foi pioneira da maior parte das funcionalidades que hoje em dia tomamos como garantidas na gestão do nosso dia-a-dia, incluindo, como é óbvio, precisamente esta plataforma de comunicação onde esta opinião está a ser lida - a internet. A filosofia do hacking preconiza a partilha total de informação - "informação é poder" é uma das suas máximas mais queridas - e é por essa razão que tem sido "perseguida" e vilipendiada ao longo das décadas pelas grandes corporações que fazem negócio com este bem incorpóreo cada vez mais valioso. Por outro lado, é uma comunidade cuja hierarquia se baseia na meritocracia, isto é, a ascensão a níveis mais elevados exclusivamente através do mérito provado, algo com que todos os regimes políticos (incluindo as democracias) deste planeta teriam muito a aprender.
Para além disso, a comunidade hacker é imensamente criativa, algo bem visível neste livro composto por cerca de 500 páginas escritas de forma divertida, interessante e aprofundada, onde se pode ter acesso a todos os termos, lendas, mitos e anedotas criadas pela cultura hacker ao longo dos anos, desde os seus primórdios e onde se pode conhecer a preferência dos seus membros por jogos de palavras e neologismos, desconstruindo e reconstruindo o léxico a seu bel-prazer.
Para além disso, a comunidade hacker é imensamente criativa, algo bem visível neste livro composto por cerca de 500 páginas escritas de forma divertida, interessante e aprofundada, onde se pode ter acesso a todos os termos, lendas, mitos e anedotas criadas pela cultura hacker ao longo dos anos, desde os seus primórdios e onde se pode conhecer a preferência dos seus membros por jogos de palavras e neologismos, desconstruindo e reconstruindo o léxico a seu bel-prazer.
Para adoçar o apetite, eis alguns exemplos de entradas do The New Hacker's Dictionary:
* Angry Fruit Salad - A bad visual-interface design that uses too many colors. (This term derives, of course, from the bizarre day-glo colors found in canned fruit salad.) (...)
* Hamster - A particularly slick little piece of code that does one thing well; a small, self-contained hack. The image is of a hamster happily spinning its exercise wheel. (...)
* A Hanlon's Razor - (...) "Never attribute to malice that which can be adequately explained by stupidity." (...)
* Terminal Brain Death - The extreme form of terminal illness. What someone who has obviously been hacking continuously for far too long is said to be suffering from.
Recomenda-se vivamente, sobretudo para quem está à vontade com a língua inglesa, tem curiosidade pela área da linguística ou simplesmente vontade de conhecer um pouco melhor uma das comunidades underground mais interessantes, discretas, influentes e mal compreendidas da sociedade.
Recomenda-se vivamente, sobretudo para quem está à vontade com a língua inglesa, tem curiosidade pela área da linguística ou simplesmente vontade de conhecer um pouco melhor uma das comunidades underground mais interessantes, discretas, influentes e mal compreendidas da sociedade.
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