Três é Demais é um espetáculo, isso é certo, mas o tipo de espetáculo que é... isso já é um pouco mais dificil de definir, mas estão
garantidas uma hora e meia de gargalhadas e diversão, a parte pior: Esta hora e meia passa a voar e deixou-nos a querer saber mais, muito mais.
Este não é um espétaculo de stand-up, nem de improviso nem sequer teatral, muito se passa em palco e tudo nos deixa à beira do assento com a
pura comédia das situações, das histórias e das inconfidências que se dizem no meio de todas as piadas, e apesar de ser um espetáculo com um
guião definido muitos são os momentos de respostas que vêm no momento e que apanham qualquer um dos actores em palco desprevenido.
Marco Horácio, António Raminhos e Luís Filipe Borges não precisam de qualquer apresentação e só a menção de qualquer um destes nomes individualmente,
seria o suficiente para proporcionar uma noite de diversão a qualquer pessoa (trocadilho implícito), mas com os três juntos em palco a diversão é
demais. Marco Horácio, António Raminhos e Luís Filipe Borges não podiam ser mais diferentes: o primeiro tem uma filha, o segundo está à espera da
3ª e último (que se saiba) não tem nenhum filho. Um já foi casado, o outro nunca traiu a mulher e a mãe do terceiro teme que o filho lhe apareça em casa
de mão dada com um namorado brasilero. Falando um bocadinho de tudo, falam maioritariamente de relações e das suas experiências de vida: amorosas,
sexuais, redes socias, léxico masculino, familiares, entre outros.
Os momentos narrados estão entre os mais hilariantes do espetáculo, sendo completamente fora do contexto da conversa anterior e apanhando de surpresa os elementos da plateia, estes são momentos de loucura controlada onde
tudo pode acontecer. Nada disto podia ser possivel sem a ajuda do público, e estes três interagem q.b. pedindo por opiniões, memórias e até mesmo
avaliação, pois é na parte final deste espetáculo que é pedido a um elemento (feminino) do público que avalie a masculinidade dos três. Isto é conseguido através de tentativas de engate que colocam o par em situações e contextos diferentes, mas todas elas muito constrangedoras e no fim só um sairá triunfante.
Este é um espetáculo certamamente a não perder, a não ser que não goste de momentos de comédia e de puro entretenimento esta será a melhor forma de passar a sua noite, até ao fim de Janeiro no Auditório dos Oceanos no Casino de Lisboa.
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