Sinopse:
O jovem Dick (Jamie
Bell), habitante da pequena cidade americana de Estherslope, fica fascinado por
uma pequena arma de fogo descoberta por acaso num bazar. Ele compra a pistola,
à qual dá o nome de Wendy, e convence outros companheiros a fundar um clube
secreto baseado nos princípios do pacifismo e da posse de armas. Apesar da
firme crença na mais importante regra do recém-formado clube - "nunca
saque a sua pistola" -, os seus membros logo se deparam com uma situação
em que as regras recém-criadas parecem existir somente para não serem
cumpridas.
Opinião por Marta Nogueira
"Lee
is cold as ice
Grant is
hot as hell
I think
they are both real nice
And I
hope it all ends well"
Em Dear Wendy, nada é o que parece. Wendy não é uma mulher.
O mau da fita, não é exactamente aquele que estávamos à espera. A velhota não é
assim tão inocente. A cidade não é exactamente uma cidade como a julgávamos. E
as crianças, para além de já não serem bem crianças mas ainda não exactamente
adultas, também não são totalmente ... normais. Para além disto, existe um
conceito louco - o pacifismo com armas.
Mas quando um grupo de jovens estranhos e renegados se
junta, coisas extraordinárias podem acontecer, uma das quais é começarmos a
olhar para simples revólveres e pistolas como se fossem verdadeiros objectos de
arte, providos de uma personalidade muito própria e até de nomes. Um Dandy
nunca deve exibir a sua arma, qualquer que seja a provocação. Elas serão usadas
como apoio moral, podendo ser transportadas, mas nunca exibidas. E nunca se
deverá acordar uma arma, ou ela seguirá a sua verdadeira natureza - matar. Com
efeito, a palavra é tão proibida, que se utiliza uma outra em seu lugar e,
portanto, se diz "amar" em vez de "matar". E
"amar" nunca poderá acontecer.
E cada Dandy tem uma forma especial e muito própria de
disparar, inventada ou encontrada por si. Cada Dandy é um só com a sua arma e
nada faz sem com ela conferenciar primeiro. Cada Dandy é casado com a sua arma,
numa cerimónia que segue todos os protocolos que a ocasião exige.
E se porventura algum dia um Dandy tiver que disparar com a
sua arma contra outro homem, acordá-la-á primeiro antes de o fazer e chamá-la-á
pelo seu nome.
E todos os Dandies caminham com mais confiança do que
quando não eram Dandies. Porque sabem fazer, apesar de não o fazerem. Pois é
precisamente isso que torna um Dandy mais forte e melhor que o seu adversário.
Mas ... como em todas as histórias, há sempre um mas ...
Dear Wendy é um filme mágico.
Dear Wendy é um filme mágico.
Sem comentários:
Enviar um comentário