Cameron (Mark Ruffalo) é um pai bipolar que tenta reconquistar o amor e a confiança de sua esposa (Zoe Saldanha) e de suas duas filhas assumindo a responsabilidade de cuidar delas na ausência temporária da mãe. Porém as meninas não irão tornar essa missão nada fácil, pedindo algo mais de Cameron.
Opinião por Maria Ana Jordão
Crianças a jogarem tarot, um
ambiente caótico que Cameron arruma quando é preciso, são apontamentos surreais
captados pelos planos audiovisuais, que não fazem mais senão introduzir-nos à
doença mental deste Pai.
Em ‘Amor Polar’ não é claro do
que sofre Cam mas, é algo entre depressão ou bipolaridade acentuada nos loucos
anos 60 e por isso, aceite pela sua mulher, Maggie. Esta longa-metragem passa-se no ano 1978, em
Boston.
Esta família americana, podia ser
diferente das outras pelas circunstâncias, mas apenas o é em alguns
comportamentos de Cam. União é o que
torna esta família única. Se pensarmos
que podemos ter tudo o que precisamos na nossa família, independentemente do
caos que possamos estar a viver, então a família é mesmo o nosso melhor remédio.
O nosso mundo pode dar todas as
voltas que tiver de dar, mas no fim, pertencemos ao que chamamos de família,
seja de sangue (azul no caso de Cam) ou não.
Cam aparentemente é a origem de todos os problemas, mas Maggie, apesar
de ter desistido de ter uma relação com o pai dos seus filhos, sabe que Cam
está sempre presente.
À sua maneira, esta família segue
em frente, contra todas barreiras que possam existir, seja em Boston ou em Nova
York. Esta obra está entre a ordem e o
caos, ordem na elaboração, caos no cerne desta família. Percebe-se que foi dedicado tempo à sua
escrita, em ‘Amor Polar’ os diálogos são completos e tentam envolver todas as
questões acima referidas bem como outras que ficaram por mencionar.
‘Amor Polar’ conta com um humor
equilibrado, ou seja, um humor que sabe onde pode ir e onde não. Maggie é a chefe da casa, mas Cameron não é
assim tão irresponsável e entre os dois conseguem unir esta família.
Cam enfrenta a sua doença mental,
sabe de onde vem e sabe para onde quer ir. Será que este pai vai acabar sozinho
ou Maggie vai aceitá-lo de volta? Recomendamos
vivamente ‘Amor Polar’ (talvez Maggie e Cam não precisem de se juntar para
serem felizes). Recomendamos vivamente ‘Amor
Polar’, que delicadamente nos transmite, como é recorrente na grande tela, a
força do amor.
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