O que esperar de um espectáculo inspirado na webseries de Nuno Markl e Bruno Nogueira é sempre uma incógnita, já que a liberdade do conceito é de tal maneira extensa que pouco se poderia esperar de um resultado final. O que para profissionais consolidados como eles, com a ajuda de Filipe Melo representa uma certeza de sucesso. Aquilo a que assistimos são 3 amigos a divertir-se, como numa mesa de café. Party games, com o apoio multimédia bem presente mas sem chatear e sem roubar protagonismo, com uma dose de desafio que parece fácil aos intervenientes abstrair-se da presença de uma plateia repleta (a casa estava cheia).
Se a conjunção de dilemas, os desafios lançados uns aos outros na lógica do "chapa quente ou frigideira" mas com requintes de verdadeiro vernáculo já por si é um espectáculo, o interlúdio "um azar do caralho" em que cada um tem de fazer scroll à lista de contactos de telemóvel dos outros, escolher um aleatoriamente e telefonar-lhe em directo (lembramos que eram nesta altura umas boas 2 da manhã) tendo a certeza de usar palavras escolhidas no momento como "nazi", é um verdadeiro jogo de nervos e humor. Sofremos com eles enquanto nos divertimos com eles.
Parece tudo fácil e provavelmente para eles é. Como se costuma dizer: se se divertem, o público diverte-se também. Umas 2 horas valentemente bem passadas. Teria passado melhor sem a intervenção bizarra de alguns convidados como um Guilherme Leite EM CUECAS mas, isso a parte, tudo correcto. Rebelde q.b., divertido. A repetir, se mais houver.
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