13 de junho de 2015

Opinião - Num Fechar de Olhos - Abbie Taylor


Título: Num Breve Fechar de Olhos
Autora: Abbie Taylor
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Romance de estreia de Abbie Taylor, Num Breve Fechar de Olhos é uma narrativa de grande intensidade dramática, realismo e suspense que nos mantém colados às suas páginas como thriller que é. Recomendado a leitores de Torey Hayden e Cathy Glass, é um livro que aborda a solidão e o isolamento urbano e explora o conceito de ser mãe. Quando as portas da carruagem do metro se fecharam, separando o pequeno Ritchie, de treze meses, da sua jovem mãe, completamente aterrorizada, começava para Emma o pior pesadelo de toda a sua vida - ver o seu bebé ser levado sem conseguir fazer nada para o impedir. E a polícia parecia não acreditar na sua história. Se Emma quisesse reaver o filho, teria de ser ela a procurá-lo. Um romance dramático onde o desespero e a coragem são transmitidos logo desde os primeiros parágrafos.

Opinião por Helena Bracieira:
Parti para este livro julgando que passaria por ele sem grande comoção. Porém, apesar da previsibilidade no decorrer da acção, gostei desta leitura pelos sentimentos que a autora conseguiu transmitir relativamente a Emma, a mãe do bebé desaparecido, contados na primeira pessoa.
Emma, uma mãe solteira e demasiado nova para tal, deu à luz sem o apoio do pai do bebé, nem da sua mãe que entretanto morrera. Consequentemente, acabou por cair em total isolamento, confinada a um apartamento social, sem emprego e sem experiência em lidar com bebés. É neste momento que se dá o desaparecimento de Ritchie, o bebé de Emma, graças a uma misteriosa mulher de nome Antonia, numa estação de metro. O débil estado de Emma agrava-se e as desconfianças das autoridades pairam sobre ela quanto ao destino do seu bebé. Mas ela dedicou os 13 meses da vida de Ritchie a adorá-lo e não desistirá de o recuperar...
O estado de solidão e desamparo de Emma tocaram-me profundamente, pois mesmo estando numa cidade como Londres, captar novas amizades foi de longe uma tarefa que tenha sido fácil para ela. Em comunhão com o seu sofrimento, mantive-me sempre curiosa sobre o que sucederia.
Deixo, porém, o aviso de que, provavelmente, alguém que não simpatize com esta personagem a verá apenas como uma mãe irresponsável e a história como enfadonha e previsível.

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