Título: Eleanor & Park
Autora: Rainbow Rowell
Editora: Chá das Cinco
Sinopse:
Dois inadaptados. Um amor extraordinário.
Eleanor... é uma miúda nova na escola, vinda de outra cidade. A sua vida familiar é um caos; sendo roliça e ruiva, e com a sua forma estranha de vestir, atrai a atenção de todos em seu redor, nem sempre pelos melhores motivos.
Park... é um rapaz meio coreano. Não é propriamente popular, mas vestido de negro e sempre isolado nos seus fones e livros, conseguiu tornar-se invisível. Tudo começa a mudar quando Park aceita que Eleanor se sente ao seu lado no autocarro da escola.
A princípio nem sequer se falam, mas pouco a pouco nasce uma genuína relação de amizade e cumplicidade que mudará as suas vidas. E contra o mundo, o amor aparece. Porque o amor é um superpoder.
Opinião:
A história de um primeiro amor. Se a premissa parece simples, é porque ainda não leu Eleanor & Park. Uma história de dois adolescentes nos anos 80, que contra todas as expectativas, se encontram um ao outro e criam um enorme laço amoroso. Porém nem tudo é um mar de rosas, e é ao percerbermos o contexto de cada um dos personagens, que este aspecto se torna evidente.
Eleanor é a rapariga nova da escola, encontra-se a morar na casa da mãe, e devido ao seu aspecto ela não passa de todo despercebida, com o seu cabelo ruivo ardente e o seu tamanho um pouco acima da média, testemunha em primeira pessoa quão más algumas crianças podem ser. Tentando esconder a sua vida em casa, ela é posta de parte por todos os que a rodeiam. Park, por outro lado, é um miudo coreano com uma vida familiar bastante agradável, porém é muito introvertido, muito pouco social, arranjando refúgio na música e na banda desenhada.
É então que um dia os dois se sentam juntos no autocarro da escola, a primeira reação é quase de repulsa, mas é com o passar do tempo que encontram gostos em comum, formando uma fortíssima amizade e consequentemente, um grande amor. A inocência com que estas fases são encaradas, é no minimo deliciosa, não só pela quimica entre as personagens, mas também pela pura nostalgia que as descrições feitas pela autora evocam. Quer seja pelos pequenos detalhes que advêm de viver num mundo sem internet e sem telemóveis, quer seja pela banda sonora criada pelos gostos musicais das duas personagens. Muito enternecedor e muito inocente.
Uma escrita muito genuína, consegue sentir-se a realidade de tudo, das personagens, das suas ações, reações, das situações, dos problemas, da história de amor, e sobretudo, da fantástica banda sonora que "acompanha" todo o livro. O meu cérebro não conseguia não por em play as faixas à medida que iam aparecendo, servindo verdadeiramente o propósito e criando aquele sentimento de nostalgia, trazendo à tona os tempos inocentes da adolescência.
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