5 de fevereiro de 2015

O Meu Nome é Alice - Crítica


Ficha Técnica
Título Original: Still Alice
Realização e Argumento: 
Richard Glatzer e Wash Westmoreland
Elenco: Kristen Stewart, Julianne Moore, Kate Bosworth, Alec Baldwin
Género: Drama

Sinopse
Aos 50 anos, Alice Howland é uma mulher realizada: tem um casamento feliz, os filhos crescidos e uma carreira prestigiante como professora universitária. Tudo lhe corre de feição até ao momento em que começa a esquecer palavras e a baralhar-se nas coisas mais simples do dia-a-dia. Depois de fazer alguns exames, recebe o terrível diagnóstico: encontra-se num primeiro estádio de Alzheimer, um tipo de demência que provoca uma deterioração progressiva e irreversível da memória, atenção, concentração, linguagem e pensamento. Consciente do que o futuro lhe reserva, Alice está determinada a viver um dia de cada vez e a superar cada contrariedade com a tranquilidade possível. Deste modo, vai vivendo cada momento sabendo que, em breve, a doença vai alterar totalmente a forma como percepciona o mundo – e como o mundo a percepciona a ela.

Opinião por Anna Carvalho

Critica
"Still Alice" é uma história dramática que adapta o "best-seller" homónimo escrito em 2007 por Lisa Genova, professora da Universidade de Harvard e doutorada em Neurociência.
O livro foi adaptado em 2013 para teatro por Christine Mary Dunford  da Companhia de teatro Lookingglass em Chicago e recentemente para o grande ecrã pelos britânicos Richard Glatzer e Wash Westmoreland, cujos os filmes incluem "The Last of Robin Hood" de 2013, "Quinceañera" (vencedor do Festival Sundance de Cinema 2006), "Pedro" de 2008 e "The Fluffer" de 2001. Todos eles com histórias diferentes, mas com temas fortes e muito consistentes.
"Quinceañera" é de todos os filmes o mais parecido com "O Meu Nome é Alice". Ambos falam da estrutura familiar, do Humanismo e transmitem uma carga emocional muito grande ao público.
A linguagem é o foco contínuo da história. Como professora de linguística, Alice está consciente das limitações e barreiras crescentes que vão sendo apresentadas, à medida que o seu estado de saúde vai piorando. 
O maior drama do Alzheimer é; a redução da linguagem em conjunto com o detrimento da memória que leva ao sentimento de perda de identidade. Alice tenta arranjar meios para resistir a todo este processo, encontrando outras formas de comunicar e manter a sua individualidade, mesmo na ausência da linguagem.
O filme é a intensa caminhada de uma mulher, tanto ao nível pessoal como profissional. É o acumular do poder emocional através da contenção, da luta de Alice Howland para manter a ligação à pessoa que sempre foi. 
Uma comovente, assustadora e inspiradora história, interpretada magistralmente por Julianne Moore (vencedora do Globo de Ouro como melhor actriz e nomeada para os Oscares 2015).
Um filme extraordinário de coragem e Amor, a não perder!

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