28 de dezembro de 2014

"Automata" - Opinião

Automata leva-nos a um mundo pós-apocaliptico, onde a humanidade se encontra limitada a pequenos focos populacionais. Grande parte do planeta Terra está destruido e inabitável, é então que são construidos robôs para servirem como força laboral, trabalhando para aumentar o espaço habitável da humanidade, estes estão limitados por duas regras que asseguram uma co-existência segura com os humanos.

Com Antonio Banderas no papel principal, este encarna a personagem de Jacq Vaucan, um perito de seguros a cargo da ROC robotics corporation. À beira de ser pai, encontra-se numa encruzilhada emocional entre o seu trabalho e a sua vida pessoal, e é ao investigar um caso de um robô que (alegadamente) se tentou alterar, que Jacq ganha uma nova perspectiva sobre a realidade em que se encontra e sobre a realidade que deseja.

Este é um filme que dá uma nova visão sobre o que é realmente importante num ser humano, e sobre a diferença de consciência VS. Alma, explorando várias relações pessoais entre humanos e também entre robôs, acrescentando assim mais profundidade à história e também às personagens.
 
Com efeitos especiais acima da média, melhor já foi visto em filmes deste género, porém, ser um Blockbuster não é o objectivo deste filme, mas sim ofereçer pontos de vista ainda inexplorados, em grande parte devido à alteração da premissa das regras da robótica criadas por Isaac Asimov, permitindo assim uma nova perspectiva sobre as razões que tornam o ser humano em algo único, também sobre as suas próprias limitações, e talvez  o mais importante, a depêndencia que o ser humano tem com a tecnologia, algo que nos leva sempre a pensar que detemos um total controlo sobre ela, quando na realidade, isso pode estar muito longe da verdade.

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