Autor: Fred Vargas
Editora: Porto Editora
Sinopse:
O fantasma de uma freira do século XVIII que degolava as suas vítimas, sepulturas e cadáveres de virgens profanados, sombras misteriosas e sinistras em cemitérios obscuros da Normandia profunda, livros medievais com poções mágicas que asseguram a vida eterna, o furto de relíquias, um rival do passado longínquo que fala em verso e... dois traficantes de droga assassinados às portas de Paris.
Um puzzle complicado que deixaria louco qualquer um que não fosse o comissário Adamsberg. À medida que as mortes se sucedem, o comissário e a sua peculiar equipa lutam contra o tempo para encontrar os culpados.
Com este romance negro e inquietante, que mantém o leitor suspenso até à última página, Fred Vargas confirma o seu estatuto de grande senhora do policial europeu.
Opinião por Filipa Monteiro:
Este livro é parado. Parado até. . . meio do livro ou um pouco até mais de meio do livro e eu não gosto disso em policiais. Gosto de "acção" logo a partir da primeira página, gosto que a história me envolva e gosto de pormenores sórdidos. Este livro. . . também os tem.
Aliás, tem personagens carismáticas que dão um toque especial, que tanto podem ser enigmáticas como confusas. Desde o início somos enredados na trama e conhecemos pessoas com as suas características específicas.
Conhecemos um comissário de excelência, um vizinho espanhol deste mesmo comissário, um novo tenente que entra na brigada, que fala em verso (é de família), um médico-legista incapacitado, uma polícia que é imponente, tanto no físico como intelectualmente, um polícia com muito boa memória, um polícia muito amigo do comissário, um outro ainda rezingão e ainda uma médica-legista reputada como a melhor, fora outros, são variadas as personagens.
Neste policial, temos lendas e um mito duma alma penada do século anterior, da época anterior à revolução. Uma velha maldição, uma sombra. . . Sendo que esta sombra vai ser o tópico principal de todo o livro. . . esta sombra revela-se o pior medo dos polícias intervenientes na investigação. O comissário vai sentir-se traído e vai ser induzido em erro. . . mas será pela pessoa que tem em pensamento??
Muito bom!
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