8 de outubro de 2014

Opinião - A casa de papel

Título: A casa de papel
Autor: Carlos María Domínguez
Editora: Asa

Sinopse:
Os livros mudam o destino das pessoas: Hemingway incutiu em muitos o seu famoso espírito aventureiro; os intrépidos mosqueteiros de Dumas abalaram as vidas emocionais de um sem-número de leitores; Demian, de Hermann Hesse, apresentou o hinduísmo a milhares de jovens; muitos outros foram arrancados às malhas do suicídio por um vulgar livro de cozinha. Bluma Lennon foi uma das vítimas da Literatura.
Na Primavera de 1998, Bluma, uma lindíssima professora de Cambridge, acaba de comprar um livro de poemas de Emily Dickinson quando é atropelada. Após a sua morte, um colega e ex-amante recebe um exemplar de A Linha da Sombra, de Joseph Conrad, em que Bluma escrevera uma misteriosa dedicatória. Intrigado, parte numa busca que o leva a Buenos Aires com o objectivo de procurar pistas sobre a identidade e o destino de um obscuro mas dedicado bibliófilo e a sua intrigante ligação com Bluma.
A Casa de Papel é um romance excepcional sobre o amor desmesurado pelas bibliotecas e pela literatura. Uma envolvente intriga policial e metafísica que envolve o leitor numa viagem de descoberta e deslumbramento perante os estranhos vínculos entre a realidade e a ficção.

Opinião por Filipa Monteiro:
Um livrinho pequenino que transmite um desmesurado amor pelos livros.
Alerta ainda sobre o facto da aquisição excessiva de livros.... (quem não se identifica com isto? Sim... livros nunca são demais, mas... também podem levar à loucura.... )

Uma história muito bem construída em tão poucas páginas.
Uma escrita diferente do que estou habituada mas não me encantou.
No entanto, uma escrita com mérito. Um autor que merece ser lido uma e outra vez.

O título do livro não podia ser mais apropriado... uma casa de papel.... títulos que servirão de tijolo.... as lombadas umas sobre as outras para se transformarem numa parede...

O livro começa com a recepção de um livro que apresenta uma dedicatória no seu interior, envolto em cimento.
Foi recebido por outra pessoa pois a pessoa a quem era dirigido, morreu a atropelada a ler um livro.
Quem o recebeu vai iniciar uma viagem para saber que dedicatória misteriosa era aquela.
Depara-se com uma amor doentio por livros. Casas feitas de corredores de livros como as livrarias.
Casas com gavetas cheias de etiquetas para se saber onde está tal exemplar de Garcia Marquéz perdido pela casa no meio dos outros 20 000 exemplares...

Um livro que fala sobre livros.
Um livro que fala de amor.
Lugares remotos e... solidão. Creio que este livro fala ao coração sobretudo de... solidão.

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