Título: Angelyraa - Humanidade de Cristal
Autor: Eva Duarte
Editora: Chiado
Sinopse:
Cavaleiros Alados e Guerreiros da Sombra são as frentes batalhantes dos
Filhos de Moloc, respectivamente.
Angelyraa vê-se com a missão de proteger uma cidade e respectivos
habitantes, o que a obriga a uma vida dupla, disfarçada como a humana
Sheridan Scouts.
Assume apenas a sua verdadeira forma quando a cidade se torna campo de
batalha.
Juntamente com os parceiros Jhazyr e Evangorian, Angelyraa descobre-se
numa batalha com proporções divinas. Filhos de Leyínia vêem-se obrigados
a corrigir os erros das divindades do primeiro universo, ao mesmo tempo
que tentam controlar o cabecilha dos Filhos de Morloc, Nosophoros.
Angelyraa, destacada pelos valores humanos que adquire durante a sua
vivência na pele de Sheridan Scouts, vai sobresair de entre os restantes
Cavaleiros Alados, sendo a chave na batalha do Equilíbrio e de todos od
problemas em volta de si e dos seus.
Opinião por Nadia Batista:
Logo no início somos apresentados ao
Universo e a Baal, Ser Supremo, e a maneira como os universos são criados é
bastante interessante. Não sei se já foi explorado antes, mas este conceito
particular de atribuição de Universos, Essências e afins pareceu-me muito
original e engraçado! Ao nosso Universo, onde nós, Humanos, somos a Essência, o
deus Eutimio atribui os Filhos de Leyínia e os Filhos de Moloc. Resultado, o
nosso mundo teve de ser reiniciado algumas vezes pois acaba sempre por chegar a
um ponto em que esse reinicio é a única solução.
E é aqui que entre Angelyraa,
Cavaleira Alada, para nos proteger. Disfarçada de humana, é divertido ver a sua
chegada ao nosso mundo e a sua (in)adaptação. Ainda por cima, vem acompanhada
de uma gata que fala! Tecnicamente, é uma Zylior, uma raça bastante interessante
(mas sinceramente pouco original), mas que não deixa de ser uma gata que fala.
Resultado, estive o tempo todo a pensar que era tão fixe que o Bam falasse. Tal
facto não me distraiu do livro, e apesar da pouca inovação presente na raça
Zylior, é sempre uma lufada de ar fresco termos um gato que fala, ou um
cavaleiro alado, ou algo diferente, no nosso mundo quotidiano.
Uma grande surpresa é a personagem
de Max. Para além de aparecer inesperadamente pela segunda vez no livro, ver a
maneira como vai crescendo até se tornar no que é revelado é muito bom. Não
estava de todo à espera!
Fiquei um pouco triste com a
personagem de Thessa, pois esperava algo mais desta criança. Ao ler não pude
deixar de imaginar a miúda do filme O Corvo, Sarah. Por vezes a minha
imaginação faz destas coisas, em vez de imaginar a Thessa, imaginava a Sarah. É
assim! Mas de qualquer das maneiras, penso que é uma personagem que deveria ser
mais trabalhada e desenvolvida. Quem sabe numa continuação?
Outros assuntos pendentes no livro
são a relação de Max com Jay, seu irmão, e também o futuro de Jodie e Chester.
Apesar de a autora dar um final a ambas as situações, penso que tanto estas
histórias como Thessa deveriam figurar numa Humanidade de Cristal Vol. II, mais
trabalhadas e mais decisivas.
Tenho é de apontar algo terrível
neste livro. Apesar de me ter incomodado solenemente, não me fez parar de ler o
livro. Se bem que foi uma luta equilibrada... História contra erros
ortográficos. Eram imensos, constantes. Não eram erros de distracção, mas sim
erros por não saber escrever a palavra. Não os apontei a todos, primeiro porque
não quero passar a imagem de Grammar Nazi e segundo porque se os escrevesse a
todos estava tramada, mas alguns que me lembro agora são
"pregaminho", "preturbação", troca constante de E por I e
vice-versa, como destinção, desiquilíbrio, entre (muitos) outros. É de facto
uma pena todos estes erros. Cheguei a pensar que a única explicação era a
história ter sido ditada por uma pessoa e escrita por outra, uma vez que a
escrita, apesar de não ser brilhante, é bem construída, flui simples e
naturalmente, e é agradável, portanto como é que uma só pessoa que escreve bem
consegue escrever tão mal?
Tirando os erros, aconselho
vivamente este Angelyraa - Humanidade de Cristal. Para quem gosta de batalhas
entre o Bem e o Mal, é fã de Fantasia, procura um livro leve, esta é a obra
indicada. Ou então se está aí alguém que não se identifica com nada do que eu
disse acima, tem de ler na mesma o livro, quanto mais não seja, a parte
inicial, da criação e atribuição de Universos. Pode ser que fique com o
bichinho de cristal."
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