8 de maio de 2014

Opinião - Angelyraa - Humanidade de Cristal

Título: Angelyraa - Humanidade de Cristal
Autor: Eva Duarte
Editora: Chiado

Sinopse:
Cavaleiros Alados e Guerreiros da Sombra são as frentes batalhantes dos Filhos de Moloc, respectivamente. Angelyraa vê-se com a missão de proteger uma cidade e respectivos habitantes, o que a obriga a uma vida dupla, disfarçada como a humana Sheridan Scouts. Assume apenas a sua verdadeira forma quando a cidade se torna campo de batalha. Juntamente com os parceiros Jhazyr e Evangorian, Angelyraa descobre-se numa batalha com proporções divinas. Filhos de Leyínia vêem-se obrigados a corrigir os erros das divindades do primeiro universo, ao mesmo tempo que tentam controlar o cabecilha dos Filhos de Morloc, Nosophoros. Angelyraa, destacada pelos valores humanos que adquire durante a sua vivência na pele de Sheridan Scouts, vai sobresair de entre os restantes Cavaleiros Alados, sendo a chave na batalha do Equilíbrio e de todos od problemas em volta de si e dos seus.

Opinião por Nadia Batista:
Logo no início somos apresentados ao Universo e a Baal, Ser Supremo, e a maneira como os universos são criados é bastante interessante. Não sei se já foi explorado antes, mas este conceito particular de atribuição de Universos, Essências e afins pareceu-me muito original e engraçado! Ao nosso Universo, onde nós, Humanos, somos a Essência, o deus Eutimio atribui os Filhos de Leyínia e os Filhos de Moloc. Resultado, o nosso mundo teve de ser reiniciado algumas vezes pois acaba sempre por chegar a um ponto em que esse reinicio é a única solução.
E é aqui que entre Angelyraa, Cavaleira Alada, para nos proteger. Disfarçada de humana, é divertido ver a sua chegada ao nosso mundo e a sua (in)adaptação. Ainda por cima, vem acompanhada de uma gata que fala! Tecnicamente, é uma Zylior, uma raça bastante interessante (mas sinceramente pouco original), mas que não deixa de ser uma gata que fala. Resultado, estive o tempo todo a pensar que era tão fixe que o Bam falasse. Tal facto não me distraiu do livro, e apesar da pouca inovação presente na raça Zylior, é sempre uma lufada de ar fresco termos um gato que fala, ou um cavaleiro alado, ou algo diferente, no nosso mundo quotidiano.
Uma grande surpresa é a personagem de Max. Para além de aparecer inesperadamente pela segunda vez no livro, ver a maneira como vai crescendo até se tornar no que é revelado é muito bom. Não estava de todo à espera!
Fiquei um pouco triste com a personagem de Thessa, pois esperava algo mais desta criança. Ao ler não pude deixar de imaginar a miúda do filme O Corvo, Sarah. Por vezes a minha imaginação faz destas coisas, em vez de imaginar a Thessa, imaginava a Sarah. É assim! Mas de qualquer das maneiras, penso que é uma personagem que deveria ser mais trabalhada e desenvolvida. Quem sabe numa continuação?
Outros assuntos pendentes no livro são a relação de Max com Jay, seu irmão, e também o futuro de Jodie e Chester. Apesar de a autora dar um final a ambas as situações, penso que tanto estas histórias como Thessa deveriam figurar numa Humanidade de Cristal Vol. II, mais trabalhadas e mais decisivas.
Tenho é de apontar algo terrível neste livro. Apesar de me ter incomodado solenemente, não me fez parar de ler o livro. Se bem que foi uma luta equilibrada... História contra erros ortográficos. Eram imensos, constantes. Não eram erros de distracção, mas sim erros por não saber escrever a palavra. Não os apontei a todos, primeiro porque não quero passar a imagem de Grammar Nazi e segundo porque se os escrevesse a todos estava tramada, mas alguns que me lembro agora são "pregaminho", "preturbação", troca constante de E por I e vice-versa, como destinção, desiquilíbrio, entre (muitos) outros. É de facto uma pena todos estes erros. Cheguei a pensar que a única explicação era a história ter sido ditada por uma pessoa e escrita por outra, uma vez que a escrita, apesar de não ser brilhante, é bem construída, flui simples e naturalmente, e é agradável, portanto como é que uma só pessoa que escreve bem consegue escrever tão mal?
Tirando os erros, aconselho vivamente este Angelyraa - Humanidade de Cristal. Para quem gosta de batalhas entre o Bem e o Mal, é fã de Fantasia, procura um livro leve, esta é a obra indicada. Ou então se está aí alguém que não se identifica com nada do que eu disse acima, tem de ler na mesma o livro, quanto mais não seja, a parte inicial, da criação e atribuição de Universos. Pode ser que fique com o bichinho de cristal."
 

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