Título: O Vidro
Autor: Luís Quintais
N.º de Páginas: 96
PVP: 12,20 €
Coleção: Poesia Inédita Portuguesa
No dia 7 de março, sexta-feira, a Assírio & Alvim publica o mais recente livro de Luis Quintais, O Vidro. Visitando, com grande fulgor, alguns dos lugares paradigmáticos na poesia do autor, O Vidro faz alusão a fragmentos de Anna Calvi, António Damásio, Edmond Jabès, Fernando Pessoa, Martin Amis e T.S. Eliot.
«Haverá biografia? Quando tinha seis ou sete anos, por aí, lançava bolas a uma parede, batia-as violentamente com uma raquete empenada, batia-as desalmadamente. As bolas voltavam a mim, agressivas, rápidas, capazes de me matar, não fosse eu hábil no desvio do momento que em mim se antecipava como uma voz que já não reconheço nem escuto. O demónio virá como uma bola de ténis quebrando o vidro da biografia. Milimetricamente, recordo-me. Por duas vezes não era uma bola de ténis, mas balas à procura de uma vítima, eu próprio, sentado no muro fronteiro à casa. Quero ainda quebrar o vidro. Vou quebrá-lo. Vou quebrar esta mão do lembrar.»
Autor: Luís Quintais
N.º de Páginas: 96
PVP: 12,20 €
Coleção: Poesia Inédita Portuguesa
No dia 7 de março, sexta-feira, a Assírio & Alvim publica o mais recente livro de Luis Quintais, O Vidro. Visitando, com grande fulgor, alguns dos lugares paradigmáticos na poesia do autor, O Vidro faz alusão a fragmentos de Anna Calvi, António Damásio, Edmond Jabès, Fernando Pessoa, Martin Amis e T.S. Eliot.
«Haverá biografia? Quando tinha seis ou sete anos, por aí, lançava bolas a uma parede, batia-as violentamente com uma raquete empenada, batia-as desalmadamente. As bolas voltavam a mim, agressivas, rápidas, capazes de me matar, não fosse eu hábil no desvio do momento que em mim se antecipava como uma voz que já não reconheço nem escuto. O demónio virá como uma bola de ténis quebrando o vidro da biografia. Milimetricamente, recordo-me. Por duas vezes não era uma bola de ténis, mas balas à procura de uma vítima, eu próprio, sentado no muro fronteiro à casa. Quero ainda quebrar o vidro. Vou quebrá-lo. Vou quebrar esta mão do lembrar.»
Sobre o autor:
Luís Quintais nasceu em 1968 em Angola. Antropólogo, poeta e ensaísta, leciona no Departamento de Antropologia da Universidade de Coimbra. Como antropólogo tem publicado ensaios em diversas revistas da especialidade sobre as implicações sociais e culturais do conhecimento biomédico, em particular sobre a psiquiatria e seus contextos. Desenvolve atualmente investigação sobre as interações entre biotecnologias, arte e cognição. Como poeta, publicou diversos livros e tem vindo a conquistar vários prémios, de que são exemplo o Prémio Pen Clube de Poesia e o Prémio Luís Miguel Nava - Poesia 2005.
Luís Quintais nasceu em 1968 em Angola. Antropólogo, poeta e ensaísta, leciona no Departamento de Antropologia da Universidade de Coimbra. Como antropólogo tem publicado ensaios em diversas revistas da especialidade sobre as implicações sociais e culturais do conhecimento biomédico, em particular sobre a psiquiatria e seus contextos. Desenvolve atualmente investigação sobre as interações entre biotecnologias, arte e cognição. Como poeta, publicou diversos livros e tem vindo a conquistar vários prémios, de que são exemplo o Prémio Pen Clube de Poesia e o Prémio Luís Miguel Nava - Poesia 2005.
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