16 de maio de 2013

Entrevista a Lissa Price

A convite da Editora Planeta, a D'Magia teve o privilégio de poder entrevistar a escritora Lissa Price, autora do livro "Destinos interrompidos", que escolheu Portugal como um dos seus pontos cruciais na sua tour europeia.

Num ambiente muito familiar, a autora recebeu-nos com todo o seu carinho e simpatia, e ainda com umas pipocas tipicamente americanas, doces e salgadas e com chocolate à mistura, que trouxe especialmente para nós. Digam lá que ela não é uma querida!

Aqui vos deixo, a nossa entrevista. 
Espero que gostem!


Entrevista:
 
1 - Quando é que te apercebeste que querias ser escritora?
Eu acho que foi à cerca de 6 anos, apesar de desde criança ter tido sempre um interesse na escrita. Aliás, com 8 anos escrevi a minha primeira short story. Uma história sobre uma pulseira mexicana. Uma história que também tinha um pouco de fantástico e uma reviravolta no final.
Antes do livro "Starters", escrevi outras duas histórias mas que acabaram por não vender. "Starters" acabou por ser, para mim, como um conta de fadas.

2 - Fala-nos um pouco do teu processo criativo.
O meu processo criativo é um processo orgânico em que eu me concentro em ouvir a história, aquilo a que chamo a verdade da história, ou seja, enquanto escritora eu não imponho à história aquilo a que me propus inicialmente, aquilo que tinha em mente, deixo a história fluir e encontrar-se a si própria. Aliás, para mim é muito aborrecido quando se sabe exactemente o que vai acontecer, eu fico excitada quando as peças se interligam. É um processo de descoberta.

3 - Qual foi o melhor elogio que já recebeste em relação à tua escrita?
Durante toda a minha vida, frequentei muitas aulas e workshops, e numa dessas aulas, um professor escreveu num trabalho meu a seguinte frase: "You could be a superstar", o que significou imenso para mim. E a verdade é que sempre que tenho dúvidas, porque todos nós autores temos dúvidas durante o nosso percurso (ser escritor não é fácil...), agarro-me a esse trabalho e sei que alguém acredita em mim.
Outro elogio que me marcou muito foi um email de uma fã brasileira que me escreveu a contar o quanto gostava do meu livro e a contar que tinha um irmão mais novo, de 12 anos, que nunca lia nada e a quem ela emprestou o livro e o leu em 2 dias, e que gostou tanto do livro que agora quer mais.

4 - Qual foi a parte de Callie que te deu mais prazer escrever?
É mau dizer isto, mas a parte que gostei mais foi quando a surpreendi com a surpresa que não podemos dizer (para não fazer spoilers a quem ainda não leu o livro). Eu adoro abanar os personagens, testá-los.

5 - Normalmente os autores acabam sempre por pôr um pouco de si próprios nas personagens que escrevem. O que tem a Callie de ti?
A força para sobreviver independentemente do resto, aconteça o que acontecer.

6 - O que é que te orgulhas mais neste trabalho?
Eu estou muito contente pelo facto de nunca ninguém me ter dito que adivinhou o final. Isso para mim é uma conquista. E também estou muito contente e orgulhosa com o texto

7 -  O que segue?
O meu 2º livro, o "Enders" já se encontra terminado e em alguns países saí ainda este mês. Infelizmente, para alguns dos meus fãs, especialmente os americanos, o "Enders" só é lançado para o mercado em Julho, o que os está a deixar um pouco chateados.

8 - O que achas da capa portuguesa do "Starters"?
Eu adoro a capa portuguesa, até porque a capa do próximo volume, o "Enders" tem na versão original muito vermelho. O vermelho é uma cor que capta o olhar.

9 - Quais são ou foram as tuas maiores influências em termos de escrita?
As minhas maiores influências foram "Hunger Games", a trilogia de Collins, a série "The Uglies", e "Incarceron" de Fisher. A série "The Uglies" influenciou-me no conceito de beleza especilamente e Collins influenciou-me na forma de escrever.
Enquanto escritores, nós acabamos por escrever o que amamos, o que lemos. E estes livros eram o que eu estava a ler na altura.

10 - Qual foi o último livro que leste que te marcou?
O último livro foi o "The fault in our stars" de John Green
.
11 - Ouvimos por aí uns rumores que os direitos dos teus livros poderão vir a ser comprados para um filme. Por isso, gostaríamos de saber, quem gostarias de ver a interpretar Callie?
Gostaia de ver Hailee Steinfeld. Acho que ela daria uma óptima Callie porque ela consegue ser forte e vulneravel ao mesmo tempo.

12 - E planos para um novo livro?
Neste momento, estou a escrever uma história mas ainda se encontra muito no inicio, que já ando a pensar há cerca de um ano. quero fazer algo de novo, dentro do mesmo estilo mas diferente.
De qualquer forma, o meu editor gostava que eu escrevesse outro livro no mundo do "Starters", o que provavelmente acabará por acontecer, talvez uma espécie de spin-off. Quando se lê o "Enders", o "Starters" ganha todo um novo significado, encerra-se aí um capitulo, mas também se abre aí todo um novo mundo, o que também faz sentido para o desenvolvimento de uma outra história.

13 - Se o "Starters" tivesse uma banda sonora qual seria?
Seria uma música da Adele, a "Set fire to the rain".

14 - Qual é a tua opinião sobre a tradução do título "Starters" para o título português "Destinos Interrompidos"?
Eu adoro a tradução do título para português, faz-me vir tantas partes da história à memória. Acho brilhante.

15 - Foi "Starters" o título originalmente pensado para o livro?
Não, o título original era "Body Bank", mas era um título que dava uma ideia errada e não traduzia bem a história. Entretanto, arranjámos o título provisório de "Starters" que acabou por se manter porque estava completamente ligado à história e fazia sentido, visto que ao longo de toda a história se faz menção aos starters e aos enders. Além disso, eu sempre fui muito fã de basebol e no basebol também existe a expressão starters, que é o que se chama aos jogadores que iniciam o jogo.

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