15 de dezembro de 2012

Opinião - Orgulho Asteca

Título: Orgulho Asteca 
Autor: Gary Jennings 
Editora: Saída de Emergência

Sinopse:
O sexo e a religião, a formação e os amores, de um homem cuja vida é o símbolo de toda uma civilização.
Considerado pela crítica como um dos melhores romances históricos americanos do século XX, Orgulho Asteca narra o fascinante cotidiano deste povo indígena no período da invasão espanhola.
Um livro raro que reúne a riqueza e o drama da ficção com um profundo conhecimento histórico. Orgulho Asteca foi escrito depois de uma longa pesquisa que levou o autor a viver no México durante doze anos, estudando a história e a cultura dos povos.
 O leitor depara-se com um verdadeiro retrato do declínio e queda, da maior civilização pré- -colombiana, vista a partir da perspectiva do povo derrotado.  

Opinião por Paula Pereira: 
Comprei este livro já há algum tempo motivada pela curiosidade que sentia em saber mais sobre a cultura e o povo asteca. 

 Só agora lhe peguei mas ainda bem que o fiz porque não me desiludiu, muito pelo contrário, e penso que isso se deva em grande parte ao vasto conhecimento desta cultura desaparecida que o autor demonstra ter e se torna evidente ao longo desta excelente obra. Penso que o facto de o autor ter passado 12 anos da sua vida no México para o escrever é um factor de peso que em muito contribuiu para tornar esta obra muito interessante sob todos os aspectos. 

Quanto ao livro em si, sendo um relato na primeira pessoa de Mixtli, o Nuvem Escura, um asteca ancião, da sua já longa vida cheia de peripécias, é também um relato dos hábitos e costumes do seu povo com o intuito de informar, Dom Carlos, Rei de Espanha, sobre os mesmos. 

Face a esta dualidade o livro tem um ritmo muito próprio, alternando descrições muitíssimo detalhadas dos hábitos e costumes dos astecas, que para alguns podem tornar-se enfadonhos mas para mim cumpriram e superaram o meu propósito inicial, com relatos muito vividos das aventuras de Mixtli, tão intensos ao ponto de quase sentirmos na pele as emoções das personagens. 

Mixtli é um dos protagonistas mais empáticos e carismáticos que tenho lido. Conseguimos simpatizar com ele, entende-lo, ver os acontecimentos do seu ponto de vista, mesmo quando nos relata acontecimentos absolutamente inconcebíveis, violentos e atrozes aos nossos olhos de europeus do seculo XXI. Este não é como tal um livro muito aconselhável a leitores mais susceptíveis ou sensíveis, mas é sem dúvida muito aconselhável aos restantes apreciadores do romance histórico. 

Gostei muito deste livro e parto de imediato para o 2º volume com grande entusiasmo e curiosidade de conhecer a outra metade da vida de Mixtli.

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