Título: Os Pilares da Terra
Autor: Ken Follett
Editora: Presença
Sinopse:
Do mesmo autor do thriller "A Ameaça", chega-nos o primeiro
volume de um arrebatador romance histórico que se revelou ser uma
obra-prima aclamada pela comunidade de leitores de vários países que num
verdadeiro fenómeno de passa-palavra a catapultaram para a ribalta.
Originalmente publicado em 1989, veio para o nosso país em 1995,
publicado por outra editora portuguesa, recuperando-o agora a Presença
para dar continuidade às obras de Ken Follett. O seu estilo
inconfundível de mestre do suspense denota-se no desenrolar desta
história épica, tecida por intrigas, aventura e luta política. A trama
centra-se no século XII, em Inglaterra, onde um pedreiro persegue o
sonho de edificar uma catedral gótica, digna de tocar os céus. Em redor
desta ambição soberba, o leitor vai acompanhando um quadro composto por
várias personagens, colorido e rico em acção e descrição de um período
da Idade Média a que não faltou emotividade, poder, vingança e traição.
Conheça o trabalho de um autêntico mestre da palavra naquela que é
considerada a sua obra de eleição.
Opinião por João Filipe dos Santos Faria:
Esta obra já tem alguns anos, mas quanto mais tempo passa desde a sua publicação, mais ela se afirma como intemporal. Os Pilares da Terra de Ken Follett, são sem qualquer dúvida a sua obra-prima, e um dos melhores romances históricos sobre a idade média.
Fruto de um trabalho de investigação de quase duas décadas, foi finalmente publicado em 1989. Desde então, foi traduzido em 33 países e vendeu, até à data, mais de 90 milhões de exemplares. Esteve seis anos no topo de vendas na Alemanha, considerado um dos melhores livros de sempre no Reino Unido e continua a vender 100.000 cópias por ano nos E.U.A.
Quanto ao autor, ―Os Pilares da Terra‖ constitui a sua obra mais improvável. É um dos nomes fortes da literatura internacional no âmbito de thrillers e policiais, com várias obras adaptadas ao grande ecrã. Este livro veio trazer um novo estilo à escrita de Follett: um romance histórico e nenhum dos seus livros vendeu tão bem quanto este.
O grande ponto forte desta extensa história é a forma quase perfeita como recria os ambientes medievais: uma era imunda e cruel, onde a violência sem escrúpulos de muitos se depara com a bondade de poucos; onde a luxúria e a ostentação do clero superior e da nobreza esmagam a simplicidade do povo pobre e faminto. É garantido que o leitor não só se verá transportado para o séc. XII, como também se deixará impressionar por todas estas características.
O enredo gira em torno da construção de uma catedral no priorado (fictício) de Kingsbridge, durante a guerra civil motivada pela sucessão de Henrique I de Inglaterra. A ação centra-se em quatro personagens-chave: Tom-Pedreiro‘, que procura não só um meio de sobrevivência para si e para a sua família, mas também realizar o sonho de construir uma grande catedral; o Prior Phillip, um jovem e talentoso clérigo que tem que conciliar a sua dedicação à Igreja e à Fé com manobras políticas, sabotagens e traições; Lord William Hamleigh, um nobre que incorpora as características mais detestáveis num ser humano – e que eram tão comuns na nobreza; e Aliena, uma jovem donzela de sangue nobre que aprende da pior forma o que é ter que se esforçar por sobreviver, quando o nome da sua família – até então o seu sustento – cai em desgraça.
Não há propriamente um protagonista, já que os caminhos entrecruzam-se de tal maneira que se complementam uns aos outros: se temos um pedreiro que quer construir uma catedral, temos também um prior com o mesmo sonho e com a possibilidade de o tornar real; se temos personagens que a querem ver construída para honrar Deus, temos outros que a querem para benefício próprio... e é assim que se vai construindo, pedra a pedra, esta história, fugindo ao típico cliché com que grande parte das histórias começa, ou seja, um segredo ou mistério.
Há quem critique a extensão do livro que contém cerca de 1000 páginas na edição portuguesa, motivo pelo qual foi dividido em duas partes. Na minha opinião, a forma como a história está construída é tão envolvente que a leitura flui de uma forma incompreensivelmente rápida. Follett utiliza uma linguagem adequada, explicando devidamente cada pormenor, sem recorrer a exageros descritivos.
Para além disso, o que, de certa forma, acrescenta um realismo verdadeiramente cativante, é o facto de a história, inteiramente fictícia, se encaixar na perfeição na real História britânica, sem interferir nos acontecimentos reais mas antes aproveitando-se deles para se desenvolver e crescer: não existiu este priorado de Kingsbridge, mas a história de ―Os Pilares da Terra aconteceu, sem dúvida, inúmeras vezes ao longo da História.
Fruto de um trabalho de investigação de quase duas décadas, foi finalmente publicado em 1989. Desde então, foi traduzido em 33 países e vendeu, até à data, mais de 90 milhões de exemplares. Esteve seis anos no topo de vendas na Alemanha, considerado um dos melhores livros de sempre no Reino Unido e continua a vender 100.000 cópias por ano nos E.U.A.
Quanto ao autor, ―Os Pilares da Terra‖ constitui a sua obra mais improvável. É um dos nomes fortes da literatura internacional no âmbito de thrillers e policiais, com várias obras adaptadas ao grande ecrã. Este livro veio trazer um novo estilo à escrita de Follett: um romance histórico e nenhum dos seus livros vendeu tão bem quanto este.
O grande ponto forte desta extensa história é a forma quase perfeita como recria os ambientes medievais: uma era imunda e cruel, onde a violência sem escrúpulos de muitos se depara com a bondade de poucos; onde a luxúria e a ostentação do clero superior e da nobreza esmagam a simplicidade do povo pobre e faminto. É garantido que o leitor não só se verá transportado para o séc. XII, como também se deixará impressionar por todas estas características.
O enredo gira em torno da construção de uma catedral no priorado (fictício) de Kingsbridge, durante a guerra civil motivada pela sucessão de Henrique I de Inglaterra. A ação centra-se em quatro personagens-chave: Tom-Pedreiro‘, que procura não só um meio de sobrevivência para si e para a sua família, mas também realizar o sonho de construir uma grande catedral; o Prior Phillip, um jovem e talentoso clérigo que tem que conciliar a sua dedicação à Igreja e à Fé com manobras políticas, sabotagens e traições; Lord William Hamleigh, um nobre que incorpora as características mais detestáveis num ser humano – e que eram tão comuns na nobreza; e Aliena, uma jovem donzela de sangue nobre que aprende da pior forma o que é ter que se esforçar por sobreviver, quando o nome da sua família – até então o seu sustento – cai em desgraça.
Não há propriamente um protagonista, já que os caminhos entrecruzam-se de tal maneira que se complementam uns aos outros: se temos um pedreiro que quer construir uma catedral, temos também um prior com o mesmo sonho e com a possibilidade de o tornar real; se temos personagens que a querem ver construída para honrar Deus, temos outros que a querem para benefício próprio... e é assim que se vai construindo, pedra a pedra, esta história, fugindo ao típico cliché com que grande parte das histórias começa, ou seja, um segredo ou mistério.
Há quem critique a extensão do livro que contém cerca de 1000 páginas na edição portuguesa, motivo pelo qual foi dividido em duas partes. Na minha opinião, a forma como a história está construída é tão envolvente que a leitura flui de uma forma incompreensivelmente rápida. Follett utiliza uma linguagem adequada, explicando devidamente cada pormenor, sem recorrer a exageros descritivos.
Para além disso, o que, de certa forma, acrescenta um realismo verdadeiramente cativante, é o facto de a história, inteiramente fictícia, se encaixar na perfeição na real História britânica, sem interferir nos acontecimentos reais mas antes aproveitando-se deles para se desenvolver e crescer: não existiu este priorado de Kingsbridge, mas a história de ―Os Pilares da Terra aconteceu, sem dúvida, inúmeras vezes ao longo da História.
1 comentário:
Olá
Tenho esta obra em casa e a outra que lhe segue que é Um Mundo sem Fim, este também em dois volumes.Gosto muito de romances históricos, no entanto tenho muito sinceramente um pouco de receio desta leitura, acho que deve ser do tipo que tenho que ter o lápis para não me esquecer dos nomes.Estou enganada?
Gostaria muito de obter uma resposta, pois acho que na volta é cisma minha.
Boa leitura;)
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