7 de dezembro de 2011

Opinião - Rio das Flores


Título: Rio das Flores
Autor:
Miguel Sousa Tavares
Editora: Oficina do Livro

Sinopse:
Sevilha, 1915 - Vale do Paraíba, 1945: trinta anos da história do século XX correm ao longo das páginas deste romance, com cenário no Alentejo, Espanha e Brasil. Através da saga dos Ribera Flores, proprietários rurais alentejanos, somos transportados para os anos tumultuosos da primeira metade de um século marcado por ditaduras e confrontos sangrentos, onde o caminho que conduz à liberdade parece demasiado estreito e o preço a pagar demasiado alto. Entre o amor comum à terra que os viu nascer e o apelo pelo novo e desconhecido, entre os amores e desamores de uma vida e o confronto de ideias que os separam, dois irmãos seguem percursos diferentes, cada um deles buscando à sua maneira o lugar da coerência e da felicidade.
Rio das Flores resulta de um minucioso e exaustivo trabalho de pesquisa histórica, que serve de pano de fundo a um enredo de amores, paixões, apego à terra e às suas tradições e, simultaneamente, à vontade de mudar a ordem estabelecida das coisas. Três gerações sucedem-se na mesma casa de família, tentando manter imutável o que a terra uniu, no meio da turbulência causada por décadas de paixões e ódios como o mundo nunca havia visto. No final sobrevivem os que não se desviaram do seu caminho.

Opinião por Adriana Botelho:
O romance Rio das Flores é sem dúvida uma obra a destacar de Miguel Sousa Tavares. Após o Equador, o autor esmera-se neste livro, com uma escrita forte e terna, bruta e suave. Para quem acha que ler livros com muitas páginas é uma seca, que se desengane... Este é o exemplo vivo de que um bom livro pode ser grosso, mas consegue cativar o seu leitor a devorar as suas páginas até ao fim. A parte histórica é muito melhor abordado neste livro do que no Equador, pelo que o autor a reduziu e deu também enfase à partes sentimental e das relações interpessoais que se centram na vida dos dois irmãos: Diogo e Pedro. Um romance delicioso, com descrições da típica vida e paisagem alentejana numa herdade durante a Segunda Guerra Mundial. Se ainda não o leu, leia!

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