8 de julho de 2011

Opinião - Angelologia

Título: Angelologia
Autor: Danielle Trussoni
Editora: Presença

Sinopse:

Desde o início dos tempos que os nefilins, a raça que descende de anjos e humanos, procura dominar a humanidade semeando o medo, provocando guerras e infiltrando-se nas mais poderosas e influentes famílias da história. Apenas a sociedade secreta de angelologistas, com os seus conhecimentos ancestrais, tem conseguido detê-los. Agora, a Irmã Evangeline do Convento de Santa Rosa, no estado de Nova Iorque, está prestes a juntar-se a eles. Mas conseguirá ela resistir ao imenso poder dos nefilins e evitar o apocalipse? Uma narrativa vigorosa, complexa e inteligente que funde elementos bíblicos, míticos e históricos e envolve o leitor da primeira à última página.

Opinião por Susana Fino:
A imagem que nos é transmitida dos anjos, desde muito cedo, é a de que são seres celestiais que nos protegem, bons, ao serviço de Deus. Este livro traz-nos, no entanto, uma imagem muito diferente destes seres que fazem parte do nosso imaginário.
O livro descreve-nos uma história que se passa ao longo de vários anos, começando antes da 2ª Guerra Mundial e desenrolando-se até aos nossos dias, tendo por base a actividade dos angelologistas (cientistas que se dedicam ao estudo dos anjos) e a tentativa de protecção da lira, instrumento celestial capaz de alterar ou, talvez mesmo, destruir o mundo como o conhecemos hoje.
A história centra-se na personagem de Evangeline, uma jovem irmã do Convento de Santa Rosa, filha e neta de angelologistas, envolvendo muitas outras personagens de várias raças (humanos, anjos, nefilins e gibborins), o que torna a história bastante complexa. Aliás, o livro é bastante extenso (cerca de 580 páginas) e confesso que só a partir de uma boa parte do livro consegui envolver-me na história (as primeiras páginas do livro são muito complexas e difíceis de ler e levaram-me quase a desistir). Não obstante, e após passar essa primeira fase, comecei a entrar no enredo da história, a antecipar alguns acontecimentos, e a imaginar-me ali, ao lado de Evangeline ou do jovem Verlaine.
Em minha opinião, o relato da 1ª missão (escrito noutro tipo de letra, para o diferenciar da narrativa da história) e a analepse feita quando Celestine conta a sua história a Evangeline são demasiado extensos. No entanto, e apesar de demasiado extensos, estes pormenores contam na avaliação final positiva que faço do livro, porque permitem ter uma descrição mais detalhada e precisa do que se passou.
Gostei imenso de ler o livro e, dado o final deixado em aberto, bastante surpreendente (ao longo de todo o livro, jamais havia pensado que esse poderia ser o seu final), caso a autora decida escrever uma sequela deste “Angelologia” (como aliás, já li em diversos blogs que é sua intenção), farei todos os possíveis para lê-lo

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