Autor: Stephen King
Editora: Bertrand
Sinopse:
Os dois primeiros contos do livro Meia-Noite e Quatro: no primeiro, os passageiros de um avião comercial acordam num mundo vazio, presos numa fenda no tempo; no segundo conto, uma personagem psicopata acusa o seu autor de plágio.
Opinião por Vera Brandão:
O livro Meia Noite e Dois consiste nos dois primeiros contos do livro Meia-Noite e Quatro do afamado autor Stephen King, conhecido também como o Mestre do Terror.
Já li um livro do autor há uns tempos, Misery e os filmes adaptados em obras de King, normalmente têm um argumento bastante interessante. Recomendo vivamente, por exemplo, Carrie, Misery, The Shining e À Espera de Um Milagre.
Posto isto, quero falar-vos deste livro, escrito em 1989, mas reparem que as obras de King são intemporais!
Um aspecto interessante no livro são as notas introdutórias. O autor revela a sua inspiração para os contos de Meia-Noite e Dois. Gostei de as ler, senti-me mais em sintonia com Stephen King. Assim conhecemos que, além do dark side, o autor tem um lado bastante humano e afável.
Dado que são dois contos independentes, vou deixar uma apreciação individual para os mesmos:
1) Os Langoliers
Este conto foi dedicado ao seu filho Joe. Ora não resisto a contar que o filho de Stephen King é Joe Hill, o autor de "Caixa em Forma de Coração" e "Cornos".
Esta primeira história é sobre um grupo de passageiros de um avião comercial ao acordar, deparam-se com um cenário estranhíssimo: um desaparecimento quase colectivo dos tripulantes. O pior de tudo é que parece que todas as pessoas no mundo também desapareceram. Que terá acontecido?
A acção deste conto, passa-se quase na sua totalidade num avião, o que dá a sensação de claustrofobia. Depois o autor incorpora personagens que conferem sentimentos aflitivos ao leitor, como a menina cega Dinah. Não diria propriamente que o autor é exaustivo nas descrições das personagens, a ponto de haver uma ligação entre estas e o leitor. No entanto modela o perfil da personagem consoante a narrativa, fazendo despertar no leitor uma panóplia de sentimentos no decorrer da acção.
Um pormenor interessante neste conto é sumarização dos tópicos que contemplam os vários capítulos. Assim, no decorrer de cada capítulo, os tópicos são explanados com um certa minúcia.
Tendo uns laivos de elementos sobrenaturais, devo dizer que este conto não foi das minhas leituras preferidas. No entanto reconheço que há uma elevada dose de adrenalina e acção, resultando numa rápida e empolgante leitura.
Ao contrário de muitas obras de King, em que o desfecho deixa o leitor/telespectador de boca aberta, não achei que este se encaixasse nesses moldes. Pelo menos o final correspondeu na sua totalidade às minhas expectativas.
2) Janela Secreta, Jardim Secreto
Gostei bastante deste conto que relata a história de Mort Rainey, um escritor que se refugia na sua casa do lago após uma separação mal resolvida com a sua esposa. Um dia, um homem de sotaque estranho, John Shooter, bate à porta de Mort e acusa-o de plágio, exigindo que este reescreva com o final original. Que consequências possam advir caso Mort não atenda a este pedido?
Tendo já uma adaptação cinematográfica (aiii Johnny Depp, Johnny Depp...), nunca escondi que preferia os livros aos filmes. Assim, fui para esta leitura, estando "open minded", apesar de saber o seu argumento.
Gostei do rápido arranque do conto. A descrição dos personagens está brilhante, quer de Rainey, quer de Shooter e rapidamente cria-se uma empatia com as mesmas. No meio de algumas cenas mais violentas, a acção decorre com um ritmo acelerado, jogando também com um mix de emoções decorrentes da relação Amy/Mort. (Amy é a ex mulher do escritor Mort Rainey)
A escrita de King é tão envolvente (além dos diálogos entre as personagens) que o leitor chega a temer pela vida de Rainey perante as ameaças de Shooter. Gosto particularmente da sensação que o autor transmite, de angústia, terror, receio pelas personagens... E depois devo dizer que ele tem uma capacidade extraordinária de inventar grandes enredos, até bastante lineares, arranjando uma forma de surpreender o leitor.
Dado que a adaptação cinematográfica está bastante fiel a este conto, o desfecho não me surpreendeu. Mas quando vi o filme achei sensacional e completamente inesperado! No entanto, achei que o livro explicava melhor o final do que no filme.
Em suma, apesar de ter gostado muito mais do segundo conto, devo dizer que este é um bom livro. Ficou a curiosidade em ler o segundo livro de contos do autor, Meia Noite e Quatro. Para os amantes do terror e das emoções fortes recomendo-o vivamente!
Editora: Bertrand
Sinopse:
Os dois primeiros contos do livro Meia-Noite e Quatro: no primeiro, os passageiros de um avião comercial acordam num mundo vazio, presos numa fenda no tempo; no segundo conto, uma personagem psicopata acusa o seu autor de plágio.
Opinião por Vera Brandão:
O livro Meia Noite e Dois consiste nos dois primeiros contos do livro Meia-Noite e Quatro do afamado autor Stephen King, conhecido também como o Mestre do Terror.
Já li um livro do autor há uns tempos, Misery e os filmes adaptados em obras de King, normalmente têm um argumento bastante interessante. Recomendo vivamente, por exemplo, Carrie, Misery, The Shining e À Espera de Um Milagre.
Posto isto, quero falar-vos deste livro, escrito em 1989, mas reparem que as obras de King são intemporais!
Um aspecto interessante no livro são as notas introdutórias. O autor revela a sua inspiração para os contos de Meia-Noite e Dois. Gostei de as ler, senti-me mais em sintonia com Stephen King. Assim conhecemos que, além do dark side, o autor tem um lado bastante humano e afável.
Dado que são dois contos independentes, vou deixar uma apreciação individual para os mesmos:
1) Os Langoliers
Este conto foi dedicado ao seu filho Joe. Ora não resisto a contar que o filho de Stephen King é Joe Hill, o autor de "Caixa em Forma de Coração" e "Cornos".
Esta primeira história é sobre um grupo de passageiros de um avião comercial ao acordar, deparam-se com um cenário estranhíssimo: um desaparecimento quase colectivo dos tripulantes. O pior de tudo é que parece que todas as pessoas no mundo também desapareceram. Que terá acontecido?
A acção deste conto, passa-se quase na sua totalidade num avião, o que dá a sensação de claustrofobia. Depois o autor incorpora personagens que conferem sentimentos aflitivos ao leitor, como a menina cega Dinah. Não diria propriamente que o autor é exaustivo nas descrições das personagens, a ponto de haver uma ligação entre estas e o leitor. No entanto modela o perfil da personagem consoante a narrativa, fazendo despertar no leitor uma panóplia de sentimentos no decorrer da acção.
Um pormenor interessante neste conto é sumarização dos tópicos que contemplam os vários capítulos. Assim, no decorrer de cada capítulo, os tópicos são explanados com um certa minúcia.
Tendo uns laivos de elementos sobrenaturais, devo dizer que este conto não foi das minhas leituras preferidas. No entanto reconheço que há uma elevada dose de adrenalina e acção, resultando numa rápida e empolgante leitura.
Ao contrário de muitas obras de King, em que o desfecho deixa o leitor/telespectador de boca aberta, não achei que este se encaixasse nesses moldes. Pelo menos o final correspondeu na sua totalidade às minhas expectativas.
2) Janela Secreta, Jardim Secreto
Gostei bastante deste conto que relata a história de Mort Rainey, um escritor que se refugia na sua casa do lago após uma separação mal resolvida com a sua esposa. Um dia, um homem de sotaque estranho, John Shooter, bate à porta de Mort e acusa-o de plágio, exigindo que este reescreva com o final original. Que consequências possam advir caso Mort não atenda a este pedido?
Tendo já uma adaptação cinematográfica (aiii Johnny Depp, Johnny Depp...), nunca escondi que preferia os livros aos filmes. Assim, fui para esta leitura, estando "open minded", apesar de saber o seu argumento.
Gostei do rápido arranque do conto. A descrição dos personagens está brilhante, quer de Rainey, quer de Shooter e rapidamente cria-se uma empatia com as mesmas. No meio de algumas cenas mais violentas, a acção decorre com um ritmo acelerado, jogando também com um mix de emoções decorrentes da relação Amy/Mort. (Amy é a ex mulher do escritor Mort Rainey)
A escrita de King é tão envolvente (além dos diálogos entre as personagens) que o leitor chega a temer pela vida de Rainey perante as ameaças de Shooter. Gosto particularmente da sensação que o autor transmite, de angústia, terror, receio pelas personagens... E depois devo dizer que ele tem uma capacidade extraordinária de inventar grandes enredos, até bastante lineares, arranjando uma forma de surpreender o leitor.
Dado que a adaptação cinematográfica está bastante fiel a este conto, o desfecho não me surpreendeu. Mas quando vi o filme achei sensacional e completamente inesperado! No entanto, achei que o livro explicava melhor o final do que no filme.
Em suma, apesar de ter gostado muito mais do segundo conto, devo dizer que este é um bom livro. Ficou a curiosidade em ler o segundo livro de contos do autor, Meia Noite e Quatro. Para os amantes do terror e das emoções fortes recomendo-o vivamente!
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