31 de março de 2011

Porto Editora - Não Ficção - Lê-se como quem ouveum disco

Título: Banda sonora para um regresso a casa
Autor: Joel Neto
Págs: 152
PVP: 13,50€

A Porto Editora publica, no dia 14 de abril, Banda Sonora para um Regresso a Casa, de Joel Neto.
O estilo directo e, por vezes, politicamente incorrecto de Joel Neto evidencia- -se nesta Banda Sonora para um Regresso a Casa, uma selecção das suas melhores crónicas, muitas das quais publicadas na coluna Muito Bons Somos Nós, distribuída com os jornais Diário de Notícias e Jornal de Notícias.

A apresentação oficial deste livro vai ter lugar no evento LeV – Literatura em Viagem-, em Matosinhos, no dia 16 de Abril, pelas 16h45.
Posteriormente serão feitas novas sessões em Lisboa e em Angra do Heroísmo.

Sinopse:
Os vegetarianos e os nudistas. Os cães e os escritores vivos. Os telefones, o silicone e o socialismo. As raparigas demasiado magras. O Benfica. As mulheres infiéis. O cinema fantástico, os anos 80 e a bem-aventurança em geral. Joel Neto parece coleccionar inimigos ao mesmo ritmo a que via escrevendo. E, no entanto, garante que tem coração – e que, no limite, até é capaz de comover-se. Neste volume reúnem-se as obsessões e os ódios, os delírios e os afectos daquele que é, hoje, um dos principais cronistas portugueses. Um livro que se lê como quem ouve um disco. A caminho de casa.
«Um casamento pode sobreviver a um homem infiel e pode sobreviver a uma mulher infiel também. Coisa diferente é o amor. Um homem pode ser infiel à sua mulher e, no entanto, amá-la eterna e incondicionalmente. Uma mulher infiel já não ama o seu marido.»
«Para que serve um cão? Para que serve um bicho completamente estúpido, tantas vezes agressivo, que cheira mal, que ladra alto, que nos rouba duas horas por dia só por causa do cocó – e que, além de tudo, voltae meia está obstipado, fazendo-nos andar, não duas, mas quatro horas a subir e a descer a rua com um saquinho de plástico na mão?»
«Já não gosto de futebol. Deste futebol. O meu futebol é o futebol dos golos de bandeira e dos penáltis roubados, dos copos pela noite dentro e das zaragatas à segunda-feira de manhã. No meu futebol, vivem-se o ódio e o amor em doses iguais – e, quando alguém nos pergunta se é loucura o que isso é, nós erguemos bem alto o copo e citamos Goethe (não citamos nada) e bebemos a Bruno Paixão.»

Sobre o autor:
Joel Neto nasceu em Angra do Heroísmo, em 1974. Publicou livros de ficção, de crónica e de reportagem, mas diz ver-se a si próprio sobretudo como um «escritor de jornais». Escreveu em quase todos os grandes ornais portugueses, ganhou vários prémios de reportagem e vem desenvolvendo há mais de vinte anos intensa actividade como cronista. O seu livro O Citroën Que Escrevia Novelas Mexicanas (contos, 2002) foi adoptado como leitura obrigatória pela Universidade dos Açores. O volume anterior, O Terceiro Servo (romance, 2002) foi alvo de estudo na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, no Brasil. Esta é uma selecção das suas melhores crónicas, a maior parte delas publicadas na coluna Muito Bons Somos Nós, distribuída com os jornais Diário de Notícias e Jornal de Notícias.

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