Esta semana, o autor que vos trago é Frederico Duarte, escritor português de fantasia, que publicou o seu primeiro livro "Avatar" em 2007. E que, desde então, já escreveu "Necromancia", o segundo volume da Saga Destino do Universo, e que se encontra presentemente a escrever o terceiro volume “O Guerreiro Elementar”.
Podem ainda acompanhar todas as novidades desta saga no fórum oficial - www.destinodouniverso.pt.vu - e no blog do autor – http://destinodouniverso.blog.com/.
Entrevista:
Começaste a escrever com que idade?
R: Sempre gostei de escrever e tinha como sonho lançar-me nesta área, mas sempre achei que era algo inalcançável. Um dia, e para responder à pergunta tinha eu 19 anos, decidi por no papel as aventuras que tinha vindo a criar na minha mente.
Se a matemática é uma dor de cabeça para muitas pessoas, acho que podemos dizer que para ti acabou por significar o Destino do Universo, pelo menos do teu. Explica-nos, porque estamos todos curiosos, como é que um livro nasce da Álgebra Linear?
R: Essa é uma pergunta a que ninguém resiste. Pois, a decisão que mencionei foi tomada durante um estudo da dita disciplina. Estava verdadeiramente aborrecido e farto de a estudar e resolvi distrair-me. Nesse dia escrevi o prólogo do Avatar e fiz nascer o Destino do Universo. Mas nota que gosto bastante de matemática, para que não haja qualquer mal-entendido.
Foi fácil lançares-te no mundo literário?
R: É uma boa pergunta. Por um lado até obtive respostas positivas logo de início, embora devido ao tamanho da saga, que deverá contar com 6 ou 7 volumes, tenha acabado por ser recusada. Depois disso estive um ano a tentar encontrar editora e a ser constantemente recusado ou ignorado por diversas razões, nenhuma delas a qualidade da história. Na verdade, julgo que a maioria nem a leu, tendo em conta as respostas. No fim foi a Nova Gaia, um dos meus primeiros contactos, a dizer o tão esperado sim. Fazendo o balanço, não foi fácil, mas também acabou por não ser verdadeiramente difícil.
Onde vais buscar a tua inspiração?
R: A tudo. Pode-se dizer que à vida, visto que são todas as minhas experiências que estimulam a minha criatividade. Desde as pessoas com quem convivo, situações que vivencio ou que me contam, filmes, livros, música… tudo, mesmo. A partir daí é dar liberdade à imaginação e ver a onde ela me leva.
Como é o teu processo criativo? Tens algum ritual?
R: Infelizmente, a falta de tempo devido à rotina diária deixa-me pouco espaço para rituais. Mas tento escrever quando posso e me apetece. Por vezes tento dar um empurrão, quando vejo que estou muito tempo sem escrever (um dia ou dois), mas tento não forçar demasiado. Há dias em que escrevo mais, outro em que escrevo menos. Mas quando entro naquilo a que chamo “frenesim de escrita” sou capaz de ficar dias seguidos sem dormir mais que alguns minutos.
Quanto ao meu método de escrita, opto por não planear e escrever de improviso. Desta forma, a própria história consegue surpreender-me. É claro que tenho vários pontos planeados, mas não passam disso mesmo, marcas a que tenho de chegar. Tento não planear demasiado.
Quais são as tuas referências literárias?
R: J. R. R. Tolkien, pelo seu brilhantismo a criar um mundo de raiz com um detalhe incrível, quando pouco ou nada havia na altura. Juliet Marillier, pela sua capacidade de transmitir emoções através dos seus textos. Robin Cook, pois consegue misturar o ambiente de um policial com a medicina de forma única. Christian Jacq, pela maneira como nos transporta através do tempo e nos mostra e ensina História de uma perspectiva totalmente nova. Há mais, mas estas são daquelas de que me lembro logo.
Tens algum livro que te tenha marcado? Se sim, qual e porquê?
R: Ai… essa é uma pergunta verdadeiramente tramada. Leio tanto que houve vários de que gostei muito e simplesmente não consigo distinguir um acima dos outros. Mas posso adiantar que houve alguns que realmente que me direccionaram, como os da colecção Aventuras Fantásticas da Verbo, onde jogamos um RPG ao mesmo tempo que lemos, e que sem dúvida me puxou o gosto para a literatura fantástica ao introduzir-me de um modo mais literal, visto que o leitor é a personagem principal, em mundos repletos de criaturas mitológicas.
Qual a tua citação preferida?
R: “O que não nos mata, torna-nos mais fortes”, de Friedrich Nietzsche. Temos de ser capazes de nos mantermos firmes face às dificuldades e, superando-as, ficarmos mais fortes do que éramos antes, mais completos e sábios.
Qual foi o último livro que leste?
R: “Terras de Corza: Os Doze Reinos” da Madalena Santos. De momento estou a ler “Orbias: O Demónio Branco” do Fábio Ventura.
Qual das personagens da tua Saga é mais parecida contigo? E porquê?
R: Esta é de caras, o Fredisson Vindal. Primeiramente porque me baseei em mim próprio para o criar, daí o nome, tal como usei pessoas que conheço para criar grande parte das personagens da história. É claro que, no meu caso em concreto, lhe adicionei uma boa dose de coragem e uns poderes extra. Acho que nas situações em que ele se vê envolvido fugia ao invés de atirar piadas ou fazer pouco do meu adversário. Mas, como diz a minha esposa, também não tenho o treino que ele teve. Nunca se sabe…
Se estivesses de escolher uma banda sonora para acompanhar a leitura desta Saga qual seria?
R: Metal, sem dúvida, mais acelerado para as cenas de luta e com um toque celta/folk em determinadas situações. É geralmente o que eu próprio ouço quando escrevo, com preferências para bandas como Metallica, Iron Maiden ou os nacionais Hyubris.
Sabemos que a Saga “Destino do Universo” vai contar com um terceiro volume “O Guerreiro Elementar”. O que podemos esperar de diferente deste terceiro capítulo em relação aos outros?
R: No primeiro a história centrou-se na Alexis, que era super-protegida por razões óbvias. O segundo já nos deu uma visão mais crua de uma guerra. Neste voltei a concentrar-me numa personagem, o Larn, que irá mostrar-nos mais sobre Nova, mas sem a protecção que Alexis teve. Como tal, vai estar posto a diversos horrores que ela não presenciou, tornando a história mais obscura. Também abordei temas mais adultos, com todos os dilemas morais de Larn e explorei a construção de cenas íntimas mais a fundo do que nos livros anteriores. Este último ponto foi algo que temi, visto que sempre me disseram que a língua portuguesa era péssima para cenas de sexo. Agora que as escrevi, tenho de discordar, modéstia à parte.
Sabemos que te encontras a desenvolver um projecto paralelo ao “Destino do Universo”. Queres nos desvendar um pouco da história?
R: É um projecto conjunto com outra pessoa, o Sérgio Alxeredo, e devo dizer que estou a ficar bastante satisfeito com o resultado. Sem querer adiantar muito, devo dizer que gira em torno de uma personagem que decide ser diferente e explorar o desconhecido, acabando por se ver envolvido em algo muito maior do que esperava.
Quais são os teus planos e objectivos para o futuro?
R: De momento, quero acabar estes dois projectos e publicá-los. Ter várias pessoas ansiosas por ler os meus livros é entusiasmante e, acima de tudo, não os quero desiludir. Depois, logo se vê. Vou continuar a escrever, sem dúvida, e tenho várias ideias a flutuar na minha mente, mas não quero decidir nada para já e concentrar-me no que tenho em mãos.
Podem ainda acompanhar todas as novidades desta saga no fórum oficial - www.destinodouniverso.pt.vu - e no blog do autor – http://destinodouniverso.blog.com/.
Entrevista:
Começaste a escrever com que idade?
R: Sempre gostei de escrever e tinha como sonho lançar-me nesta área, mas sempre achei que era algo inalcançável. Um dia, e para responder à pergunta tinha eu 19 anos, decidi por no papel as aventuras que tinha vindo a criar na minha mente.
Se a matemática é uma dor de cabeça para muitas pessoas, acho que podemos dizer que para ti acabou por significar o Destino do Universo, pelo menos do teu. Explica-nos, porque estamos todos curiosos, como é que um livro nasce da Álgebra Linear?
R: Essa é uma pergunta a que ninguém resiste. Pois, a decisão que mencionei foi tomada durante um estudo da dita disciplina. Estava verdadeiramente aborrecido e farto de a estudar e resolvi distrair-me. Nesse dia escrevi o prólogo do Avatar e fiz nascer o Destino do Universo. Mas nota que gosto bastante de matemática, para que não haja qualquer mal-entendido.
Foi fácil lançares-te no mundo literário?
R: É uma boa pergunta. Por um lado até obtive respostas positivas logo de início, embora devido ao tamanho da saga, que deverá contar com 6 ou 7 volumes, tenha acabado por ser recusada. Depois disso estive um ano a tentar encontrar editora e a ser constantemente recusado ou ignorado por diversas razões, nenhuma delas a qualidade da história. Na verdade, julgo que a maioria nem a leu, tendo em conta as respostas. No fim foi a Nova Gaia, um dos meus primeiros contactos, a dizer o tão esperado sim. Fazendo o balanço, não foi fácil, mas também acabou por não ser verdadeiramente difícil.
Onde vais buscar a tua inspiração?
R: A tudo. Pode-se dizer que à vida, visto que são todas as minhas experiências que estimulam a minha criatividade. Desde as pessoas com quem convivo, situações que vivencio ou que me contam, filmes, livros, música… tudo, mesmo. A partir daí é dar liberdade à imaginação e ver a onde ela me leva.
Como é o teu processo criativo? Tens algum ritual?
R: Infelizmente, a falta de tempo devido à rotina diária deixa-me pouco espaço para rituais. Mas tento escrever quando posso e me apetece. Por vezes tento dar um empurrão, quando vejo que estou muito tempo sem escrever (um dia ou dois), mas tento não forçar demasiado. Há dias em que escrevo mais, outro em que escrevo menos. Mas quando entro naquilo a que chamo “frenesim de escrita” sou capaz de ficar dias seguidos sem dormir mais que alguns minutos.
Quanto ao meu método de escrita, opto por não planear e escrever de improviso. Desta forma, a própria história consegue surpreender-me. É claro que tenho vários pontos planeados, mas não passam disso mesmo, marcas a que tenho de chegar. Tento não planear demasiado.
Quais são as tuas referências literárias?
R: J. R. R. Tolkien, pelo seu brilhantismo a criar um mundo de raiz com um detalhe incrível, quando pouco ou nada havia na altura. Juliet Marillier, pela sua capacidade de transmitir emoções através dos seus textos. Robin Cook, pois consegue misturar o ambiente de um policial com a medicina de forma única. Christian Jacq, pela maneira como nos transporta através do tempo e nos mostra e ensina História de uma perspectiva totalmente nova. Há mais, mas estas são daquelas de que me lembro logo.
Tens algum livro que te tenha marcado? Se sim, qual e porquê?
R: Ai… essa é uma pergunta verdadeiramente tramada. Leio tanto que houve vários de que gostei muito e simplesmente não consigo distinguir um acima dos outros. Mas posso adiantar que houve alguns que realmente que me direccionaram, como os da colecção Aventuras Fantásticas da Verbo, onde jogamos um RPG ao mesmo tempo que lemos, e que sem dúvida me puxou o gosto para a literatura fantástica ao introduzir-me de um modo mais literal, visto que o leitor é a personagem principal, em mundos repletos de criaturas mitológicas.
Qual a tua citação preferida?
R: “O que não nos mata, torna-nos mais fortes”, de Friedrich Nietzsche. Temos de ser capazes de nos mantermos firmes face às dificuldades e, superando-as, ficarmos mais fortes do que éramos antes, mais completos e sábios.
Qual foi o último livro que leste?
R: “Terras de Corza: Os Doze Reinos” da Madalena Santos. De momento estou a ler “Orbias: O Demónio Branco” do Fábio Ventura.
Qual das personagens da tua Saga é mais parecida contigo? E porquê?
R: Esta é de caras, o Fredisson Vindal. Primeiramente porque me baseei em mim próprio para o criar, daí o nome, tal como usei pessoas que conheço para criar grande parte das personagens da história. É claro que, no meu caso em concreto, lhe adicionei uma boa dose de coragem e uns poderes extra. Acho que nas situações em que ele se vê envolvido fugia ao invés de atirar piadas ou fazer pouco do meu adversário. Mas, como diz a minha esposa, também não tenho o treino que ele teve. Nunca se sabe…
Se estivesses de escolher uma banda sonora para acompanhar a leitura desta Saga qual seria?
R: Metal, sem dúvida, mais acelerado para as cenas de luta e com um toque celta/folk em determinadas situações. É geralmente o que eu próprio ouço quando escrevo, com preferências para bandas como Metallica, Iron Maiden ou os nacionais Hyubris.
Sabemos que a Saga “Destino do Universo” vai contar com um terceiro volume “O Guerreiro Elementar”. O que podemos esperar de diferente deste terceiro capítulo em relação aos outros?
R: No primeiro a história centrou-se na Alexis, que era super-protegida por razões óbvias. O segundo já nos deu uma visão mais crua de uma guerra. Neste voltei a concentrar-me numa personagem, o Larn, que irá mostrar-nos mais sobre Nova, mas sem a protecção que Alexis teve. Como tal, vai estar posto a diversos horrores que ela não presenciou, tornando a história mais obscura. Também abordei temas mais adultos, com todos os dilemas morais de Larn e explorei a construção de cenas íntimas mais a fundo do que nos livros anteriores. Este último ponto foi algo que temi, visto que sempre me disseram que a língua portuguesa era péssima para cenas de sexo. Agora que as escrevi, tenho de discordar, modéstia à parte.
Sabemos que te encontras a desenvolver um projecto paralelo ao “Destino do Universo”. Queres nos desvendar um pouco da história?
R: É um projecto conjunto com outra pessoa, o Sérgio Alxeredo, e devo dizer que estou a ficar bastante satisfeito com o resultado. Sem querer adiantar muito, devo dizer que gira em torno de uma personagem que decide ser diferente e explorar o desconhecido, acabando por se ver envolvido em algo muito maior do que esperava.
Quais são os teus planos e objectivos para o futuro?
R: De momento, quero acabar estes dois projectos e publicá-los. Ter várias pessoas ansiosas por ler os meus livros é entusiasmante e, acima de tudo, não os quero desiludir. Depois, logo se vê. Vou continuar a escrever, sem dúvida, e tenho várias ideias a flutuar na minha mente, mas não quero decidir nada para já e concentrar-me no que tenho em mãos.
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