28 de janeiro de 2011

Opinião - À noite sonhei que tinha peito


Título: À noite sonhei que tinha peito
Autor: Mariela Michelena
Editora: Esfera dos livros

Sinopse:

Ontem à noite descobri um pequeno caroço num peito. Um caroço indiscutível que não conheço.Toco-o e ele move-se acompanhando o ritmo dos meus dedos mas, por mais que lhe mexa, não desaparece. Continuo a ter um pequeno caroço. Tenho um pequeno caroço? Como é possível que estes peitos tão pequenos, que nunca serviram nem para seduzir nem para amamentar, tenham um caroço? É assim que se inicia um relato emocionante na primeira pessoa de uma mulher com cancro da mama. De um dia para o outro Mariela Michelena, uma psicanalista dinâmica, sonhadora, no auge da sua vida pessoal e profissional, vê a vida fugir-lhe por entre os dedos. Ao longo de quase um ano de tratamentos acompanhamos a vida desta mulher. As suas dúvidas e incertezas, a relação com o marido, as amigas solidárias, os sentimentos contraditórios, o sofrimento e a dor que transformam este livro num testemunho único e comovedor onde a palavra de ordem é a sinceridade. Uma sinceridade perturbadora. Mariela Michelena, autora de Mulheres Mal-Amadas, rejeita a frase "não se passa nada", o sorriso e o optimismo quase obrigatórios na sociedade em que vivemos. Em troca convida o leitor a uma viagem verdadeira e real onde ecoa a voz de um sofrimento a que todos os que passam por esta doença têm direito. .

Opinião por Paulo Lima:

Esta, acredito que não seja um aobra fácil de "digerir", para quem lida com este problema e/ou quem não consegue ter uma posição firme ao facto deste problema existir. Tenho um caso bastante próximo a quem foi sujeita a uma mastectomia também, contudo e dado o facto de encarar de frente este problema, que realmente existe, consegui ler esta obra com bastante vontade e sou sincero é impressionante o detalhe da escrita, e claro trata-se de um testemunho real em primeira pessoa. É um livro de fácil leitura, seguido e que desperta a curiosidade ao longo ds páginas da forma como Mariela lida com o facto de descobrir a doença, o ser operada, e mesmo o seu tratamento, o facto de escolher um hospital público, o apoio e sofrimento dos amigos e família dispersa pelo mundo, o tratamento e sofrimento no hospital, a queda e perda da coragem, etc etc...

Este relato / diário inicia-se a 29 de Outubro de 2008 e termina a 25 de Junho de 2009, foi corajoso, mas de facto aplaudo que a autora tenha publico todo o seu diário dos seus dias difíceis. É um final feliz entre muitos.

Aconselho a ler este livro, irão gostar por mais que custe algumas partes, acreditem, é uma lição, um testemunho real daquilo que aconteceu. Muito bom mesmo.

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