Título: O Mundo Invisível
Autor: Shamim Sarif
Editora: Contraponto
Sinopse:
África do Sul. 1950. As primeiras leis raciais do apartheid começam a ser implementadas. Amina é uma jovem de espírito livre que desafiou as convenções da comunidade indiana em que cresceu e decidiu trabalhar por conta própria. É dona de um café, um sítio cheio de boa disposição, música, comida caseira… e mistura de raças. O seu sócio é negro, a sua empregada é mestiça, a clientela é de todas as cores e feitios – e Amina tem muitas vezes de subornar a polícia para conseguir manter o café aberto.
Miriam é uma jovem indiana mãe de família, tradicional e subserviente. O seu casamento foi combinado pela família e ela faz todos os possíveis para manter um bom ambiente em sua casa – apesar dos acessos de raiva do marido.
Quando estas duas mulheres se conhecem, o encontro entre os seus dois mundos vai transformar as suas vidas…
Opinião por Maria Carvalho:
Quando resolvi começar a ler este livro, já muito se tinha escrito sobre ele e portanto tinha já algumas "luzes" sobre o mesmo. No entanto, não quis que as críticas lidas sobre o livro influenciassem grandemente a minha leitura e mantive de início algum distanciamento e "espírito aberto".
Ao embrenhar-me nas dinâmicas do livro dei por mim a sentir-me envolvida pela elegância da escrita desta autora. Uma escrita elegante mas nem por isso menos forte e rica. Aborda temáticas de contornos trágicos mas com os seus momentos de humor muito interessantes.
Quanto á história em si, gostei imenso. Original, forte e envolvente.
A caracterização das personagens muito bem feita, com duas mulheres tão diferentes mas ambas muito interessantes. A caracterização da época e da África do Sul, muito bem conseguidas! O início do Apartheid, as diferenças raciais, a discriminação sexual, as tradições familiares e a homossexualidade são só por si temas muito fortes mas Shamim Sarif consegue dar-nos retratos fortíssimos que nos envolvem e nos transportam para essas realidades que ainda hoje estão tão presentes nas mais diversas sociedades do nosso mundo.
Foi um livro que me apaixonou imenso e no final me deixou com uma forte vontade de voltar a ler mais desta autora, no entanto acho que os temas poderiam ter sido mais aprofundados, mais consolidados mas também compreendo que a autora tenha tido alguma contenção ao explorar os mesmos devido á sua complexidade.
É um livro sobre mulheres pois são estas as personagens fortes, as personagens masculinas são muito mais secundárias, mas nem por isso é um livro para mulheres!
É sim um livro para todos nós, leitores de ambos os sexos que gostamos de ler e aprender com o que lemos, não somente para passar o tempo ou esquecer realidades da nossa vida apenas com histórias de enredos e finais felizes. Recomendo vivamente a leitura deste excelente livro.
Autor: Shamim Sarif
Editora: Contraponto
Sinopse:
África do Sul. 1950. As primeiras leis raciais do apartheid começam a ser implementadas. Amina é uma jovem de espírito livre que desafiou as convenções da comunidade indiana em que cresceu e decidiu trabalhar por conta própria. É dona de um café, um sítio cheio de boa disposição, música, comida caseira… e mistura de raças. O seu sócio é negro, a sua empregada é mestiça, a clientela é de todas as cores e feitios – e Amina tem muitas vezes de subornar a polícia para conseguir manter o café aberto.
Miriam é uma jovem indiana mãe de família, tradicional e subserviente. O seu casamento foi combinado pela família e ela faz todos os possíveis para manter um bom ambiente em sua casa – apesar dos acessos de raiva do marido.
Quando estas duas mulheres se conhecem, o encontro entre os seus dois mundos vai transformar as suas vidas…
Opinião por Maria Carvalho:
Quando resolvi começar a ler este livro, já muito se tinha escrito sobre ele e portanto tinha já algumas "luzes" sobre o mesmo. No entanto, não quis que as críticas lidas sobre o livro influenciassem grandemente a minha leitura e mantive de início algum distanciamento e "espírito aberto".
Ao embrenhar-me nas dinâmicas do livro dei por mim a sentir-me envolvida pela elegância da escrita desta autora. Uma escrita elegante mas nem por isso menos forte e rica. Aborda temáticas de contornos trágicos mas com os seus momentos de humor muito interessantes.
Quanto á história em si, gostei imenso. Original, forte e envolvente.
A caracterização das personagens muito bem feita, com duas mulheres tão diferentes mas ambas muito interessantes. A caracterização da época e da África do Sul, muito bem conseguidas! O início do Apartheid, as diferenças raciais, a discriminação sexual, as tradições familiares e a homossexualidade são só por si temas muito fortes mas Shamim Sarif consegue dar-nos retratos fortíssimos que nos envolvem e nos transportam para essas realidades que ainda hoje estão tão presentes nas mais diversas sociedades do nosso mundo.
Foi um livro que me apaixonou imenso e no final me deixou com uma forte vontade de voltar a ler mais desta autora, no entanto acho que os temas poderiam ter sido mais aprofundados, mais consolidados mas também compreendo que a autora tenha tido alguma contenção ao explorar os mesmos devido á sua complexidade.
É um livro sobre mulheres pois são estas as personagens fortes, as personagens masculinas são muito mais secundárias, mas nem por isso é um livro para mulheres!
É sim um livro para todos nós, leitores de ambos os sexos que gostamos de ler e aprender com o que lemos, não somente para passar o tempo ou esquecer realidades da nossa vida apenas com histórias de enredos e finais felizes. Recomendo vivamente a leitura deste excelente livro.
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