21 de novembro de 2010

Opinião - A Floresta de Mãos e Dentes


Título: A Floresta de Mãos e Dentes
Autor: Carrie Ryan
Editora: Gailivro

Sinopse:
Mary sabe pouco sobre o passado ou sobre o porquê de no mundo existirem dois tipos de pessoas: os que residem na sua vila e os mortos-vivos do lado de fora da cerca, que vivem de devorar a carne dos vivos. As Irmãs protegem a Vila e promovem a continuidade da raça Humana. Depois de a sua mãe ser mordida e se juntar aos amaldiçoados, Mary é enviada às Irmãs para se preparar para o Casamento com o seu amigo Harry. Mas as cercas são quebradas e o mundo que Mary conhece desaparece para sempre. Mary, Harry, Travis, que Mary ama mas que está prometido à sua melhor amiga, o irmão de Mary, a sua mulher e um pequeno órfão partem rumo ao desconhecido em busca de um lugar seguro, respostas às suas perguntas e uma razão para continuar a viver.

Opinião por Vítor Caixeiro:
O que mais me atraiu neste livro foi o seu título. Não pensei que fosse tão fiel ao livro. Também me foquei na capa vários minutos a tentar decifrar qual seria a sua história. Atrevi-me a comprá-lo, e assim que o tive comecei a lê-lo. A princípio, não estava muito interessado em continuar a minha leitura, pois pareceu-me um pouco chata e monótona. Contudo, assim que os mistérios e as intrigas apareceram página após página, não consegui deixar de o devorar! Ao invés dos romances vulgares, em que os finais são sempre os melhores, este livro impressionou-me por ser diferente. A autora não teve dó de eliminar as suas personagens uma por uma, a fim de que a nossa atenção se focasse em Mary, a protagonista do enredo. Senti um sentimento de compaixão por a mesma, por viver sozinha num mundo sombrio, isolada do exterior e do conhecimento. As suas esperanças focavam-se no mar, o seu paraíso. Tentou sempre lá chegar, mas os seus sonhos foram sempre contrariados, quer pela Irmandade, quer pelas barreiras. Além disso, os seus íntimos foram consumidos pela “Floresta de Mãos e Dentes”. Os zombies, ou melhor, os Excomungados levavam a morte à aldeia, através de cercas infindáveis que proibiam a experiência de ser feliz. Mas Mary nunca cedeu, enfrentou sempre os seus medos e nunca duvidou do seu coração. Chegou ao mar, mas isso custou-lhe a vida dos que amava. O livro não é muito denso, e tem uma escrita que flui perante os nossos olhos. Nem todos apreciam este tipo de leitura que pode chocar os mais sensíveis. Mas a realidade é esta. A vida não é um mar de rosas. Há que lutar e cair várias vezes para conseguir a vitória. Não é com ilusões que devemos enfrentar e tentar resolver os problemas, pois assim nunca teremos a nossa própria realidade. A única decepção, se assim posso chamar, foi o fim do livro. É bastante vago e incerto. O destino de Mary fica nas mãos do leitor. Ainda assim, é certo que haverá sequela, pela qual anseio desesperadamente. Não está definida data de lançamento para Portugal, mas estou certo que será uma agradável surpresa que me deixará sem palavras.

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