Com a chegada do tão esperado filme 'Toy Story 3', o realizador deste filme de animação Lee Unkrich e a produtora Darla K. Anderson estiveram de passagem por Portugal e a D’Magia aproveitou a oportunidade para conversar com eles.
D'Magia – Se tivesse de escolher uma personagem para o/a caracterizar, qual seria? E porquê?
Lee – Hum…Essa é uma pergunta difícil, mas talvez escolheria o Woody, porque ele é um lider, tem um espírito aventureiro e de liderança, e neste filme fui eu o líder.
Darla – Jessie, sem dúvida! Porque ela rapariga cheia de energia e força… e gosta de andar a cavalo, tal como eu!
DM – Dizem que a Pixar é uma empresa cinematográfica que não sabe fazer maus filmes e o 'Toy Story 3' é mais um exemplo que prova esta afirmação. Qual é a chave para um filme brilhante como este?
L – A Pixar sabe muito bem como fazer maus filmes e é por isso que não os faz! Geralmente no inicio obtemos maus resultados mas estamos constantemente a melhorar e a aprender até o filme sair para as salas de cinema, é assim que chegamos a um bom filme.
D – Eu penso que a chave é focarmo-nos na história, sermos persistentes e não desistir até o filme sair perfeito.
DM – Sentiu a necessidade de lançar este filme enquanto as crianças ainda sabem o que é ter brinquedos como estes, já que hoje em dia os protagonistas são os jogos de vídeo?
L – Eu acho que este tipo de brinquedos são muito importantes para as crianças e estas precisam de brincar com eles, até para aprenderem, para viverem experiências, porque os jogos de vídeo não ensinam tudo.
DM – Porquê o regresso do Toy Story só após 10 anos?
L. e D. – Nós pensamos em fazer o 'Toy Story 3' logo a seguir ao 'Toy Story 2' mas houveram uns problemas que só nos permitiram fazer o filme agora, mas por um lado foi bom porque nos permitiu ter outras perspectivas acerca do filme e das personagem. No fundo, isto é um sonho tornado realidade.
DM – É este o final do Toy Story ou estão mais sequelas para vir?
L. e D. – Por enquanto este é o último Toy Story, na nossa opinião achamos que este filme resulta em jeito de uma adorável conclusão para a história. Hão de vir curtas metragens do Toy Story, mas no que diz respeito a outras sequelas, não temos nada planeado.
DM – Como é que foi utilizar a ferramenta 3D neste filme?
L – Eu estava interessado no 3D, inclusivamente fizemos alguns testes em algumas cenas para ver como ficava e saiu bem. Aliás foram relançados há pouco tempo o 'Toy Story' e o 'Toy Story 2' em 3D que também resultaram muito bem, apesar de não terem sido feitos para 3D. Contudo, neste filme, apenas queríamos um bom filme, e queríamos utilizar o 3D não para distrair o público da historia principal com objecto a saírem do ecrã, mas sim como se assistíssemos a uma peça de teatro. No fundo queríamos um bom filme, quer fosse em 2D ou em 3D.
DM – Como é que foi produzir e realizar uma sequela de um grande sucesso da Pixar? Sentiram uma grande responsabilidade em cima de vocês?
L. e D. – Nós não queríamos desiludir ninguém por isso sentimos muito stress e medo, mas pensamos que neste caso o medo foi motivador. Este processo foi como construir um arranha céus, foi um caminho difícil e longo mas conseguimos e o resultado foi muito gratificante.
DM – Se este processo foi como construir um arranha-céus, qual de vocês é o engenheiro e qual é o arquitecto?
D – Eu fui o empreiteiro!
L – Eu posso dizer que fiz parte da equipa de arquitectos.
A D’Magia também acompanhou a antestreia de gala do filme onde, tanto o realizador como a produtora, estiveram presentes para apresentar em português o 'Toy Story 3'.
Sem comentários:
Enviar um comentário